quinta-feira, 21 de maio de 2009

7ª SEMANA NACIONAL DE MUSEUS – 1º e 2º DIAS


O primeiro dia (19/05) da 7ª Semana Nacional de Museus foi marcado pelo protocolo de abertura e pelo “Café Mesclado com Turismo”, adorei esta ideia! No segundo dia do evento, mesmo com a greve de ônibus, aconteceu a Oficina “Museu e Turismo”, ministrado pela Profª Doutoranda Marcela Cougo (MG). Nesta oficina pudemos aprender e entender como um museu pode ser organizado de forma a tornar qualquer visita mais interessante.
Pudemos conferir na ocasião imagens de museus europeus onde se utilizam de meios dos mais simples aos mais modernos para se deixar o museu mais interativo com o visitante. Afinal, o tempo em que o museu apenas recebia visitas, de forma passiva, e não “conversava” com o visitante, ficou láááá atrás. Então... vimos que informação na porta do prédio do valor da entrada, se for pago, ou da entrada gratuita, por exemplo, pode ser um fator para despertar o interesse de uma pessoa que estiver passando na rua.
Um calendário das atividades referentes ao mês em andamento pode ajudar um visitante a se programar para uma nova visita com mais pessoas. Se numa sala visitada tiver informações do que se encontrará na próxima sala deixa o expectador com certa expectativa e vontade de conhecer o museu até o final, e não com vontade de voltar dali mesmo. Um “aperitivo” da visita. Entram no meio, de ações importantes e inteligentes, para divulgação de um museu os famosos e úteis folders, com informações sobre o local, do acervo, dos acessos, dos meios de transportes fáceis, dos pontos de referências, mapas. Enfim, o folder deve conter informações que mostrem as facilidades reais que se tem para se chegar até o local e o que se encontra na redondeza, além de fazer um link com outros museus, casas de culturas e tal.
Vimos ainda meios que os museus na Europa usam para aumentar suas rendas, como lojas de venda de livros, lembranças, réplicas de peças em exposição, cafeterias, cibercafés, etc.
Tivemos nesse mesmo dia uma espécie de mesa redonda com a palestra “Museu como Equipamento Turístico na Produção do conhecimento, Lazer e Entretenimento”, da qual participaram as Professoras Adriana Flecha (ABAV-MA) e Marilene Sabino. Nesse momento foi discutido o papel do museu no desenvolvimento da atividade turística.
Vimos, dentre tantas coisas, que muitas cidades do mundo têm nos seus museus grandes atrativos turísticos e fortes referências. Por exemplo, quando se fala em Paris, uma das imagens que nos vem à mente é o Museu do Louvre (o que, infelizmente, ainda não ocorre com São Luís e seus museus). Isso porque um museu é sempre uma graaaande potencialidade de atração turística, pois normalmente quem vai a uma localidade quer conhecer um pouco mais de sua história, de sua gente, de seu passado, para entender situações sociais, econômicas... Afinal, de alguma forma é um pedaço da história do país visitado e da história da humanidade.
Além de o museu ser um potencial atrativo há outro viés nessa relação indissociável. O turismo é um excelente “fornecedor” de visitantes aos museus, galerias e casas de culturas. É de conhecimento, e da percepção, de todos que o maior número de visitantes em museus é de turistas. Não que a comunidade residente não visite, até visitam mas, em menor quantidades e em menor freqüência. Isso pelo fato de que o residente que tem conhecimento da existência e da localização de um museu (há quem não conheça e até que não sabia da existência...) acaba deixando para depois, para outro dia, para quando tiver mais tempo... E o cotidiano acaba por fazê-los esquecer esse compromisso consigo mesmos, e com a cultura local, e os amigos acabam por levá-los às cervejas aos finais de semanas. E o museu?....fica pra próxima!
Discutiu-se ainda a falta das escolas, que já não visitam com tanta frequência e estas quando mandam turmas, mandam com informações equivocadas e até mesmo erradas. Desconhecimento e descompromisso dos próprios professores. Daí foi sugerido que os museus se divulguem mais, façam novos e mais convênios com associações de classes, que aluguem espaços para eventos (festas, palestras, reuniões, cafés, lanches...), que não mais esperem que “a escola vá até o museu”. Que se faça o caminho contrário, o museu então vá até as escolas. Discutam, conversem, divulguem, instiguem a curiosidade dos alunos e dos professores. Que tragam as escolas até si.
Foi um dia de aprendizados estupendos.

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