quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

VALE MUITO VER-O-AÇAÍ

Há alguns anos, acho que 2019, estive em Belém (PA) onde passei uns dias trabalhando. Apesar de ter que ficar longe de casa - o que não me agrada muito, pois sou muito caseiro - se faz necessário para um melhor desenvolvimento profissional. Mas, tem o lado bom da história que é aprender mais, conviver com colegas que no restante do ano só nos vemos de forma remota, fortalecer relações de trabalho e amizade e, conhecer ou voltar a restaurantes incríveis, que em Belém não é nada difícil. É sobre isso que quero falar.

Restaurante Ver-o-Açaí 

Algum tempo antes um grande e querido amigo de trabalho, Maurício Façanha, saiu da empresa - de telefonia celular - depois de anos de trabalho e decidiu abrir um restaurante ao qual deu o sugestivo nome de VER-O-AÇAÍ.

No início um espaço não muito grande, mas já um espaço encantador com decoração artesanais que dava ao ambiente uma cara cultural paraense que a um turismólogo amante de cultura popular como é o meu caso, foi paixão a primeira vista.

A primeira vez que estive no Ver-o-Açaí, em 2019, salvo melhor memória, pedi um prato executivo de Camarão Rosa Empanado que foi servido acompanhado de arroz de tucupi, salgadinho de feijão Santarém e farofa que foi um pedido muito acertado. Tomei com o tradicional Guaraná Garoto, na garrafa de vidro, KS. Eu já estava pra lá de satisfeito e ainda tinha a sobremesa... mas, falo dela depois. Cortemos para 2022.

Esse ano, voltei a Belém para mais uma semana de trabalho e um dos dias ao ser convidado por minha amiga Fernanda Ewerton para almoçar no "Ver-o" fiquei contente pois teria a oportunidade de saborear aquele tempero incrível, ver o novo espaço, que acompanhei a mudança pelas redes sociais e, de quebra, se tivesse sorte, ainda veria meu amigo Façanha. E mais ainda, se tivesse mais sorte, comeria novamente aqueeeeela sobre mesa!

Com Fernanda Ewerton 


Lá fomos nós!!!! E não era que era meu dia de sorte????? De cara já encontramos o proprietário, meu amigo, que me apresentou a casa. Viajei novamente na cultura, no artesanato, na arte... inclusive na grafitagem paraense. É uma viagem incrível entrar no ambiente! Façanha recebe a todos como recebe os amigos com muita generosidade.

Quando sentamos para pedir o almoço optei por mais um prato executivo. Dessa vez o escolhido foi Filhote Frito que também muito bem acompanhado de arroz de tucupi, salgadinho de feijão Santarém e farofa me fizeram sentir como que ficando os pés em nas terras do Pará. O suco escolhido foi o de taperebá, que em alguns estados como o Maranhão conhecemos como cajazinho. Foi um tiro certeiro! Nossa Senhora de Nazaré abençoou aquele prato pessoalmente. Tenho certeza!!!! Minha amiga Fernanda, frequentadora assídua do local, foi de Dourada Frita e acho que gostou, dado seu sorriso de orelha a orelha.

Após o prato principal... decidimos partir de imediato à sobremesa que sem combinar tínhamos a mesma predileção: Raimundo e Maria, o melhor bem bolado de Doce de Leite com queijo do Marajó e farofa de chocolate. Combinação tão bem feita que não parece obra de seres humanos, parece mais feita pelos deuses do Olimpo paraense e servido pelos anjos que seguram o manto de Nazinha. Como a porção é generosa, decidimos dividir o mesmo pedido. E pra minha felicidade além de voltar a comer a que se tornou a minha sobremesa predileta na vida inteira, Fernanda deixou para eu comer o último pedaço. Mais que gentileza, isso me é prova de amor. 

A espera só Uber

Dali só me restou sentar numa rede a espera do Uber para o retorno aos trabalhos e esperar por mais oportunidades de retornar a Belém. Égua, mano... se tu estiveres de passagem por aquela cidade, jamais deixe de se proporcionar os prazeres gastronômicos do Ver-o-Açaí.

Preço??? Esqueci de comentar... lá não tem preço... eles têm valores!!! Pois, servem mais que questão monetária... tem outros elementos que agregam valores e fazem valer o que se paga.  Mas, garanto que vale pouco mais que muitos restaurantes populares e menos do que realmente vale o sabor e o atendimento. Eles têm zelo, capricho, carinho e amor ao que fazem. E mais... depois que se começa a comer o valor é o que menos importa.

Sobremesa Raimundo e Maria 

Garçom e as delícias do Ver-o-Açaí 


sábado, 3 de dezembro de 2022

SALVE AS DORES NOSSAS DE CADA DIA

 "Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto. Porque a vida toda é um doer. Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas."


Escritora Raquel de Queiroz 

Li hoje essa frase atribuída a grande e brilhante escritora Raquel de Queiroz no perfil da professora, psicóloga e pessoa muito sabia, Socorro Marinho. A frase sempre me pega de jeito, pois é uma das frases com a qual mais me identifico como ser vivo.

A vida é isso... a vida é um doer sem fim. Aliás, a vida é uma sucessão de busca pelo fim das dores de cada momento vivido. Para se ter a percepção e sensação de superação das dores da vida é preciso sair da superficialidade. Isso para quem não tem medo, ou não tem saída, e aprofunda na dor e chega à conclusão que não tem outra jeito a fazer senão ser forte, buscar solução
para sanar pela raiz a causa da dor sentida. Fora isso somente duas outras saídas...  dar tempo ao tempo é também uma opção. Ele, o tempo, sempre foi e será um excelente remédio. Ele cura ou enterra qualquer mal. Qualquer dor. A outra e última saída, a meu ver, seria deixar que nossos fantasmas, medos e dores nos dominem e nos paralisem. Isso não nos dar muito repertório de vida e não nos ensina sermos fortes ou resilientes e, menos ainda, não nos amadurece e nem nos faz crescer.

Aprofundar na dor para vencê-la é como entrar naquela velha casa que nos causa medo na nossa rua. É entrar na casa, encarar todos os fantasmas que acreditamos morarem lá dentro. Encarar esses fantasmas nos levam a uma conclusão quanto suas existências ou não existências desses fantasmas. Ao encararmos nossos fantasmas e vermos que temos razões em sentirmos medos deles e constatarmos que podemos vencê-los ou superá-los somos tomados por sentimentos de fortalecimento, amadurecimento e de vitória. Ao passo que quando diagnosticamos que nossos fantasmas não têm razão de existirem nos sentimos bobos e até infantis, mas, se observarmos no fundo do nosso ser nos sentimos igualmente vitoriosos por, de alguma forma, encararmos nossos medos e fantasmas que por alguma razão nos causaram dores. Isso nos faz mais maduros. O que não ocorre com que foge da coragem de encarar com profundidade a dor sentida.

Viver é isso... viver  ter a certeza que as dores virão e que precisamos sará-las. A cada dor que vai devemos ter certeza de novas dores que vêm. Entretanto, cada dor que se vai nos deixa a satisfação pelo aprendizado, pela sobrevivência, pelo fortalecimento e amadurecimento. Isso é indiscutível, indescritível e incalculável! Sábia Dona Raquel de Queiroz!

domingo, 20 de novembro de 2022

DEPRESSÃO É PAPO SÉRIO!



Muita gente taxa o quadro depressivo como frescura de quem não sabe como chamar atenção. Não... depressão não é frescura! E anda longe de ser. As características de uma pessoa depressiva são múltiplas e os sintomas são igualmente variadas. Logo não posso falar por todos. Mas, posso sobre meu caso. Sim, eu convivo e trato minha depressão há pelo menos 17 anos, às vezes mais forte e outras vezes mais fraca e outras controladas com medicações.


A depressão não se instaurou de uma hora para outra. Ela é uma construção feita de traumas, decepções e muitas frustrações nas mais diversas áreas de nossas vidas. Cada um desses “tijolinhos” vai sendo colocado e não vamos tratando de resolver aquela questão de imediato e eles vão se firmando. E nós? Vamos ficando calados, “dando tempo ao tempo” e não disseminando de fato as questões, não as dando solução de fato. Deixando nossas insatisfações caladas e dando prioridades às falas, opiniões, atitudes, ações, satisfações e razões a terceiros, que podem ser próximas ou não. E se passamos por situações de abusos e violências psíquicas, físicas e/ou sexuais, tudo piora ainda mais. Pois ficamos nos sentindo impotentes, vulneráveis e, pior, culpados.


Sabe aquela história que não quero ter razão, eu quero ser feliz? Um balela e de nada vale se de fato, lá no íntimo, temos de fato algum incômodo que situações chatas nos causam. Comigo sempre fui assim. Apesar da minha natureza questionadora fui criado para não discordar, não enfrentar, não bater boca e nem brigar na rua... isso me fez engolir muitos sapos na vida, os quais sempre tentei esconder atrás de uma figura debochada e divertida. Até que chegou o dia que não precisou de engolir um sapo, bastou apenas a última gota d’água. Lembro exatamente do dia quando tudo começou.


Era período natalino, eu vinha de uma série de sapos que vinha engolindo na vida, a empresa passando por profundas transformações, medo de perder o emprego, frustrações por sonhos não realizados, etc, etc, etc... tudo eu falava que nada disso me abalava, mas o coração e a cabeça a mil. Nesse mesmo período fui chamado  fazer decoração das lojas da empresa que trabalho – na época tinha outro nome -. Fiz uns anjos lindos e no dia que fui mostrar o protótipo à diretoria da empresa que amou. Quem estava lá na hora era minha concorrente para desenvolver esse trabalho – pessoa que eu tinha grande carinho –. Ela lançou um olhar de desdenho e desprezo tão escancarado que a decepção que senti me jogou num abismo de tristeza terrível. As pessoas não me reconheciam mais. Uma amiga de trabalho se obrigou a tirar meu desktop da sala em que eu trabalhava para que eu não ficasse sozinho. Foi quando eu melhorei de fato.


Mas vida, a vida é uma caixinha de surpresa, tinha me reservado algumas outras surpresas desagradáveis que precisava que está preparado para tal, o que não era o caso.  Para começar um diagnóstico errado fragilizou ainda mais a saúde minha sobrinha que nascera prematura. Depois meu pai faleceu de um infarto fulminante sem prévio aviso como é comum acontecer nesses casos. No ano seguinte minha sobrinha também falecera após um cirurgia que sua única esperança.


O sentimento era que eu estava diminuindo, ficando minúsculo e o mundo crescendo e se transformando em um monstro gigantesco daqueles que vemos nos filmes de ficção científica. A vida da gente vira um pesadelo  real. Nada na vida tem solução, muito pelo contrário, tudo parece que só piora. O boleto que atrasa, a faculdade que parou, o trabalho que não entrego no prazo, a ajuda que peço e não tive retorno, o risco de perder o emprego, o olhar atravessado, o sorriso que não veio, o abraço apertado que eu queria receber e não recebi, o obrigado que eu queria ouvir e não ouvi... tudo é problema, tudo é gigantesco, tudo é monstruoso e sem fim. Quero ter atitude, ter ação e solução... mas, as paredes construídas em nossa volta fazem o fundo do poço ser ainda mais escuro, frio, congelante e paralisante que os especialistas ouvem em seus consultórios. Tudo cresce tanto que a única solução é o fim. E não é o fim o problemas, mas o nosso próprio fim.


Teve uma noite que acordei, no meio de uma alta crise, com a única companhia que não me largava noite alguma, a insônia. Queria dormir, pois a única hora que eu não tinha monstros na vida era na quando estava dormindo. Nessa noite parecia que as paredes do quarto escuro estavam me apertando, me sufocando. Fui para janela do quarto pedir a Deus que me levasse, que me tirasse a vida ou me dessem a solução dos meus problemas e uma arma contra meus monstros. Foi quando veio a minha cabeça minha mãe e meus sobrinhos que já tinham perdido o marido, uma neta, o avô, a irmã, a prima... Olhei então meu companheiro deitado... Se eu me fosse eu estaria transferindo meus problemas para um ainda maior a todos eles. Senti algo no meu interior, pois de fato eu não queria acabar com minha vida. Eu queria acabar era com meus problemas, pois esse é o sentimento de quem busca esse recurso extremo.


Infelizmente nem todos tem tempo de ter ou perceber seus milésimos de segundo de sanidade metal antes do ato final. Eu percebi e senti que meu problema não era eu de fato, mas os problemas que precisar focar em cada um deles por vez e passar a não me calar diante das minhas insatisfações, doesse a quem doesse. Não poderia mais doer em mim – tadinho dos meus irmãos, colegas de trabalho e amigos conviveram com meu lado mais sombrio sem saberem as razões de tal KKKKKK. Perdão queridos! –. Sorte de todos, e principalmente a minha, que com o tempo aprendi que o que não pode doer em mim, não necessariamente precisa doer em alguém, salvo os casos que precisam ouvir algumas verdades. Mas, até isso acontecer perdi muitas oportunidades de amizades e experiências de vida excepcionais.


O fato é que posso ter perdido grandes oportunidades e experiências, mas as que eu tive me fizeram ser eu. E o meu eu hoje é um eu melhor que antes. Sou uma pessoa que ainda faz tratamento, tomo minhas medicações, mas sou consciente do que me causaram a base da depressão. Tenho gradativamente compartilhado com os meus mais próximos – isso me ajuda muito a enfrentar cada um desses problemas raízes  e achar o caminho melhor para as possíveis soluções dos mesmos -. Hoje estou bem, tenho noção de situações que me possam ser gatilhos graves e optar, se for inevitável, por encará-los de  forma mais forte e consciente.



Para muito isso pode ser motivo de vergonha, para mim não. Já foi!!! Contudo, não o é mais vergonhoso, porém, não chega a ser motivos de orgulho. Orgulho eu tenho de poder entre tantas turbulências internas conseguir ainda sorrir e tirar sorrisos dos meus amigos. Orgulho de poder expressar em falas o que sinto. Orgulho de poder buscar nas minhas fotografias uma forma de externar minha forma de ver a vida que às vezes não consigo por palavras. Orgulho eu tenho em, nas vezes que não tenho fotografias e falas para expressar meus sentimentos, eu tenho palavras para escrever e organizar meus pensamentos. Orgulho eu tenho de ser uma pessoa cada dia mais forte e consciente do meu quadro e de poder buscar os tratamentos possíveis para me manter são. Orgulho eu tenho ainda mais de poder acolher, abraçar, ouvir e dar forças a amigos que precisam desse apoio. Seja você também um apoio a quem precisa e de força para enfrentar seus monstros.

 

sábado, 19 de novembro de 2022

COM O AFETO DAS CANÇÕES


 "Com o Afeto das Canções" é uma composição de Joãozinho Ribeiro, interpretada por Rita Beneditto e Zeca Baleiro e tem o arranjo do incrível Zé Américo Bastos.

Esse clipe não é o oficial. Mas, poderia ter sido. Rsrsrrs. Hoje, mais de um ano, após ele ter sido produzido e do lançamento do clipe oficial, decidi publicar a minha versão.

Agradeço aos meus amigos queridos me cederam suas imagens de amor e afeto para compor esse material. E agradecer a Ricarte Almeida Santos, Daniele Assunção, Catarina e Cora que, juntos com outros jovens e crianças incríveis conseguiram formar uma família diversa e, acima de tudo, cheia de amor.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

TEMPOS DE CRIANÇA: LEMBRANCAS QUE SALVAM

Eu e meu primo Laade - 1984 


Estamos no 12º dia do mês de outubro de 2022. Além de ser dia de Nossa Senhora Aparecida – o que só passei a “reconhecer” depois de adulto – é dia das crianças, data nunca esquecida. E, estava aqui sentado olhando meu celular, assim como a maioria das pessoas deve estar, vendo fotos de tantos amigos crianças nas redes sociais. Vejo em cada foto um brilho no olhar, reflexo de uma vida de criança criança, não de crianças “miniadultos” que pensam ser crianças dos dias de hoje. Daí veio uma saudade dos meus tempos de criança...


Naquela época, toda a década de 80, eu morava no interior do Maranhão, uma pequena cidade que tinha o nome de Santa Teresa do Paruá. E lá.... Noooossa... como era bom!!! Diversão total!!! Tudo bem que nossos dias começavam às 05:30, 06h da manhã para pegar o leite na chácara, entregar os “lidileite” aos vizinhos que compravam da gente e depois voltava para abrir, espanar as mercadorias e varrer a farmácia que antes das 08 já estivesse pronta para o expediente, quando papai voltada do mercado onde diariamente ia comprar carne para o dia, os bolinhos de tapioca lisa e caroçuda e cuscuz de arroz feito na panela, moldado no pano. Esses bolos comíamos tomando o melhor café da vida todinha, feito por minha sempre amada mãe. Isso mesmo... lá em casa todos sempre tivemos uma atividade pela qual éramos responsáveis. Depois disso, quem estudava pela manha tinha que rumar à escola.

Xou da Xuxa, década de 1980

Eu particularmente sempre gostei de estudar mais pela manhã, minha capacidade de aprendizado sempre fora mais proveitosa. Pela tarde eu gostava de ficar em casa. Quando na cidade não tinha energia elétrica uma das coisas que eu gostava era acompanhar minha  irmã Rogenir nos seus trabalhos escolares com seus amigos de turma. Aprendi muito com eles. Depois da chegada da energia eu queria estudar a tarde para assistir tentar assistir o Xou da Xuxa com seu desenhos animados maravilhosos – Os Thundercats, He-man, She-ra, Os Smurfs, A Caverna do Dragão, Os Tartarugas Ninjas, Loucademia de Polícia e Cavalo de Fogo (este no SBT) sempre foram os meus preferidos -. Em tempos de menos restrições televisivas eu tinha como “babá eletrônica” uma loira vestida de minissaia, minishort ou ainda de maiô que se comportava como um criançona e que às vezes dava respostas atravessadas, sinceronas e nem sempre politicamente corretas às crianças da plateia. Loucura total!!!

Thundercats, desenho animado.


Fora dos horários de ficar vidrado na telinha preto e branca – sim... nem sempre tive TV colorida em casa - eu criança tinha muitas brincadeiras das quais gostava como desenhar – inclusive figurino -, fazer cartões de data comemorativa, fazer artesanato, pega-pega, trinta e um, guerriô, passar anel, cair dentro do poço, cabo de guerra, amarelinha pular corda, pular elástico, bang-bang, stop e tantas outras brincadeiras que eu adorava. Bom, mas, quem já passou dos 35 ou 40 anos  já deduziria quanto a essas minhas preferências “bricadeirísticas”.

O que pouca gente  deve saber que o meu lado “apresentado” teve origem também nas brincadeiras de criança, mais precisamente nas apresentações de comemorações dos dias das crianças de toda minha infância. Todos os anos tínhamos "shows de calouros" onde as crianças iam cantar... era lindo ver tanta criança cantando – mesmo que desafinados – absolutamente desavergonhadas do "graaande" púbico da cidade. Certa vez, minha irmã Rogênia (Gênia, Gêninha e outros apelidos que não posso revelar pela saúde do convício familiar) e eu, quando tínhamos por volta de  8 (eu) e 10 anos (ela) sonhávamos (ou seria delirávamos?) fazer parte do grupo infantil “Balão Mágico” – ela sempre se achava a Simony e eu, apesar de me ver no Jaizinho, me achava a cara do Mike por ele ser o mais novo (pode rir a vontade KKKKKKKKKKKK) – decidimos nos inscrever para uma das edições do show de calouros da escola. Para a ocasião escolhemos uma música que o famoso grupo cantava com o Fofão (um famoso e carismático personagem da TV da época). Eu faria a parte do Fofão...  fomos para o ensaio e foi um verdadeiro terror!!! Além de não sabermos cantar, ainda atrapalhamos o instrumentista, Professor João Lira. Ali desistimos da vida de cantores de sucesso. Mas, continuávamos com vontade de está nos palcos.

Contracapa do LP Xou da Xuxa 3


Eu tive outras oportunidades de subir ao palco do Centro Comunitário outras vezes, mas em dramatizações ou peças de nosso grupo de teatro. E ela, a Geninha, ainda pôde viver seu dia de fantasia sendo uma paquita juntamente com Nara, Eliane Fernandes e um outra menina que não me recordo. E a Xuxa? Aaaah!... A Rainha dos Baixinhos foi representada lindamente pela hoje Dra. Élia Holanda - ex-prefeita da cidade -, que apesar dos cabelo pretos entrou ao palco com uma réplica da roupa vestida pela apresentadora original no verso de um de seus discos (LP).

Todos nós sabíamos que era uma apresentação escolar, mas aquele dia pra mim também foi mágico. Eu tinha escrito uma cartinha que fora sorteada. Não recordo o que ganhei, mas nunca esqueci da emoção de ser sorteado pelo "Xou da Xuxa". Fui sorteado pela primeira vez na vida.

Por tudo isso costumo dizer que lúdico é importante na vida de uma criança... a ludicidade ameniza dores e salva vidas. Pouca gente sabe situações difíceis as quais fui submetido na minha infância sem perceber que dali muitos traumas e construções equivocadas comportamentais poderiam ter surgido de forma ainda mais graves do que apresentei ao logo dos meus 43 anos. E foram esses momentos lúdicos da infância que amenizaram e me fizeram amortizar os impactos de ações danosas cometidas por terceiros.

Relembrar esses momentos de criança feliz me faz fortalecer o adulto que sou hoje e ajudam a diminuir o tamanho dos monstros que fizeram eu criar em minha volta. Interessante que, nesse momento, parei por um instante a produção desse texto para passar a vista no celular e no instagram tinha um perfil que sigo onde o administrador tá em um vídeo simulando uma mágica com o filho e na legenda ele escreveu “Criança precisa de memórias boas, atenção e carinho”. E é isso... Boas memórias da infância, atenção e todo o carinho recebido tem me ajudado nas reconstruções que tenho feito e preciso continuar fazendo em mim.

Viva nossas crianças internas! Elas salvam os adultos que somos e seremos.

 

 

domingo, 4 de setembro de 2022

O DEBOCHE COMO  ARMA DE AUTODEFESA

 Meu pai era preto de pele escura e minha mãe é branca, bem alva, embora de cabelo cacheados. Assim, eu e meus irmãos saímos nos mais variados tons de pele, mas todos um a cara do outro. Eu, especificamente, sou preto de pele média,  nem claro e nem escuro, mas, com todas as demais características descendentes dos povos africanos: nariz volumoso, cabelo crespo, boca carnuda, pernas grossas, quadril largo e cintura fina. Portanto, sou preto e tenho muito, muito orgulho disso. E cada vez tenho mais.




Todos os dias vejo nos noticiários ocorrências de violência racial que me deixam revoltado, triste, solidário e com sentimento de vontade de acolher essas vítimas. Já passei por situações de racismo, tal como segurança de shopping ou de lojas de departamentos ficarem me acompanhando durante compras. Já ouvi conhecidas de minhas irmãs mais claras comentarem que éramos "de cores tão diferentes" que não parecíamos irmãos - nem analisavam que somos "a cara d'um e focinho do outro"  como dizia nosso pai.

Situações como estas me chateiam bastante, entretanto eu sofri bem mais com as situações de homofobia, pois não fora preparado diretamente pra isso. Tinha medo, pois não me davam oportunidade nem para desabafar as inúmeras vezes a que fui vítima. Tinha medo de ser apontado como dono da culpa do bullyng pelo meu jeito de "bichinha ou veado" como muitas vezes fui chamado. Ser preto, por um lado, nunca me deu esse sentimento de culpa e, por outro lado, me propiciava situações condicionantes de desabafar sem ser repreendido, culpado e sem medo de ser violentado nas mais diversas formas e vezes

Reafirmo e repito que a verdade é que ninguém me preparou para situações de homofobia, esse assunto sempre fora tabu lá em casa. Já as questões raciais e de racismo aprendemos a tratar com deboche da cara e na cara dos racistas - coisa que só mais tarde aprendi a agir com a homofobia. O deboche, eu aprendi, poderia ser minha arma de defesa.

Sei que talvez não seja a melhor maneira de lhe dar com as ocorrências, mas o sacarmos, o deboche, o desdém foi a maneira que aprendi desde cedo com meu pai. Seu Juruca, como era conhecido, tinha um amigo grande amigo que era preto retinto, de cabelo liso. E eles sempre brincavam com essa questão. Para os desavisados poderia ser taxado como que uma não aceitação da sua condição de preto e até mesmo o que hoje chamamos de racismo estrutural, quando de fato era deboche sobre os racistas. Poderia até mesmo ter muito de racismo estrutural, até pelo fato de que cresceram em ambiente que não tinha a defesa do direito dos pretos, além do mais, eram pretos descentes diretos de pretos, Santa Teresa do Paruá - onde morávamos - tinha na maioria da população pessoas pretas como nós e muitas falas racistas eram tidas como elogios.




No fim das contas, brincalhões e debochados que eram essas "brincadeiras" era uma forma de autodefesa para não tornar a vida ainda mais difícil e doída. Se certo ou se errado não quero e não vou julgar, mas esse sarcasmo me ajudou a ter desenvoltura em contexto de preconceito racial e mais tarde me ajudou a enfrentar os homofóbicos de frente.

Meu pai e seu Conceição me ensinaram a encarar o que poderia ser o grande gargalo de minha vida adulta, dada a minha cor de pele, de forma séria e leve através do sarcasmo. E, por tabela, mesmo sem intenção direta, me ensinaram a me defender da homofobia, que desde sempre sempre foi o meu pior mostro e algoz.

Enfim, não me sinto diminuído por ser chamado de preto. Tenho orgulho de ser!!! E, aos homofobicos - gays que não se aceitam - que não venham me apontar por eu ser gay, pois cada vez mais é provado científicamente que quem aponta a "gayíce" alheia quer, na verdade, esconder a sua. Kkkkk

domingo, 1 de maio de 2022

CARTA ABERTA A MILTON CUNHA E LUCINHA NOBRE

 Sao Luís  (MA), 01 de Maio de 2022.

,Olá, meus queridos amigos,

Vindo aqui parabenizar vocês dois, Milton Cunha e Lucinha Nobre, pelos seus trabalhos nas transmissões dos desfiles oficiais. E, mais que isso, pelos trabalhos de por vocês pelo carnaval como um todo.  

As histórias de ambos mostram que carnaval é mais profundo que a o brilho, folia e o desfile em si.  Carnaval é o trabalho, o estudo, a pesquosa, o treino, o suor, a dedicação, o labor, é onde muitos tiram o sustento da vida. Portanto, Carnaval também é vida. 

Você, Lucinha, como filha de sambistas e irmã do cantor Dudu Nobre não lhe deixou fixa no lugar da "irmã de famoso". É filha do Samba pura e plena e assim se fez Porta-bandeira, das mais consagradas, respeitadas e lembradas da história. Hoje também louvada como comentarista da Série Ouro do carnaval carioca e é o ponto de ligação entre o desfile e o público carioca que não tem oportunidade de ir à avenida.

Milton Cunha, irmão... imagino que nem nos seus sonhos mais loucos de infância na busca por tudo almejado, você esperou chegar para onde esta caminhando (você ainda vai mais longe). Digo isso porque sonhar você sei que sonhou. No entanto, o caminhar até o sonho nunca foi fácil. E você vai chegar lá, pois vem construindo esse caminho com dedicação, estudo, produção, pesquisa, projeção, execução e entrega. Você é hoje a voz do carnaval carioca. Da Criança da Ilha do Marajó, no Pará,  a uma enciclopédia carnavalesca para o Brasil e para o mundo. 

Parabéns! Parabéns, queridos amigos pela história de cada um de vocês. Mas, um PARABÉNS ESPECIAL para seus trabalhos na transmissão do Desfile das Campeãs pelo Multishow, que acabou de encerrar. Vocês estavam livres, felizes, empolgados, cantantes, brincantes e jamais deixaram de dar as aulas de conhecimento e vivência que têm no mundo do  samba e do carnaval. Aliás, vocês dois passam mais que conhecimento profundo. Vocês passaram intimidade entre si e, sobretudo, intimidade com o universo carnavalesco, que todos sabem quem têm. E ali fora sentido por quem os assistiu. 

Vocês separados são excelentes, mas juntos, vocês dois foram sensacionais!  Transmitiram vivência! E que seus lugares de fala, com preparo e dedicação são seus diferenciais. Vocês dois juntos dominaram a transmissão, sem serem invasivos ou deselegantes com a Laura Vicente e  os demais profissionais envolvidos. Deram um show! Que essa liberdade ainda mais livre (desculpem a redundância, é proposital) lhes sejam dadas também nas transmissões dos desfiles especiais.

Parabéns, deu muito orgulho do trabalho de vocês. São referências inspiradoras.

Obrigado pelo que você nos entregaram.

Foi muito além de lindo!!! Foi PERFEITO! INTEIRO! COMPLETO!


Fiquem com meus abraços pulantes, comemorativos e meus beijos mais estalados em suas bochechas.

Sem mais, além da minha gratidão e empolgação,

Bom descanso!

Rivas

terça-feira, 26 de abril de 2022

GRANDE RIO, CAMPEÃ!

FAAAALA, MAJETÉ!!! 

No sábado passado, dia 23 de abril, após o adiamento do carnaval da data oficial por conta da pandemia do Covid-19, desfilei pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Grande Rio, que levou à Marquês de Sapucaí um tema que foi uma aula sobre como combater a intolerância religiosa. "Fala, Majeté! Sete Chaves De Exu" foi desenvolvido - brilhantemente pelos carnavalescos, e pessoas queridas, Gabriel Haddad e Leonardo Bora - para desmistificar a imagem do orixá homenageado, que segundo os seguidores das religiões de matrizes africanas, sempre foi pintado como do mal, uma injustiça por conta do preconceito religioso.
Hoje é terça-feira, dia 27 de abril, acaba de sair a apuração dos votos e a Grande Rio pela primeira vez foi campeã do Grupo Especial Carnaval Carioca, o principal campeonato carnavalesco do país. E, na semana que a tradicional Casa Fanti Ashanti, um Terreiro maranhense de Candomblé e Tambor de Mina foi vítima ação intolerante e preconceituosa soa como uma resposta do universo!!! Mas,  deixamos isso de lado.
Quero falar dessa vitória da Grande Rio, que é muito, muito merecida. Ser campeã do carnaval carioca no retorno após a pior fase da pandemia que enfrentamos é um marco. É histórico. Mas, a maior vitória da minha  agremiação de coração nem foi propriamente esse troféu. Ele é só a coroação de vitória muito maior, que foi uma mudança na postura e na forma de executat e por a escola na avenida, com objetivo, foco e humildade. Eu explico: Há muito anos a Grande vem beliscando o campeonato. Já fora vice-campeã várias vezes e sempre os mesmos comentários: "A Grande Rio perdeu para si mesmo". E era mesmo!!! Chegávamos já na concentração com o nariz em pé, uma vaidade boba, uma certa prepotência desnecessária. Era uma ruma de diretores de carros que não ajudavam tanto quanto deveriam. Nós da Grande Rio - sim eu me incluo, pois eu estou na escola a 24 anos - estávamos sempre querendo aparecer como da "Graaaande Rio", mas era como se cada um tivesse a sua própria Agremiação. Tínhamos uma imaturidade visível e que não são sabíamos como administrar.
Esse ano, 2022 (pra ficar mais evidente) o sentimento foi outro. Enoque e eu somos da escola e moramos em São Luís e já há quase 1/4 de séculos viemos para o Rio desfilar na escola. E, como ia dizendo, esse ano foi perceptível a mudança de postura de TODOS!!!! Nossa primeira ida ao Barracão, conversar com o querido Danyllo Gayer, Presidente dos Destaques da escola, foi na quarta-feira antes do desfiles e tudo calmo, pronto, tranquilo!!! Aguardando apenas ajustes de concentração. E na concentração, à noite, todos cordiais, simpáticos, gentis, prontos a colaborar com todos. Nosso nariz estava na altura da humildade, da confiança de está preparado e da consciência de que carnaval se faz na Avenida e que nos olhos dos jurados tem mistérios que ninguém advinha. E foi tudo lindo!!!  O desfile foi perfeeeito!!! O melhor desfile dos 28 anos de Enoque no Rio e, obviamente, dos meus 24 carnavais carioca. Pela primeira vez saímos da Sapucaí confiantes, pois todos fizeram a sua parte!! Acho que o público percebeu e ainda na Avenida gritou "É CAMPEÃ!". Deu certo!!! A GRANDE RIO É CAMPEÃ DO CARNAVAL CARIOCA 2022! E essa é uma vitória de todos!!! Um entrega de cada um.
Uma mudança, fruto de uma trabalho bem feito e de um amadurecimento de todos e de cada um. Talvez resultado de autoanálises e autocríticas. Talvez as perdas de tantas pessoas queridas e componentes importantes da escola pra covid-19 tenha mexido na gente. Contudo, não dava para desmistificar uma imagem deturpada agindo de forma equivicada. De certo uma Grande força de vontade de mudar e agir. A Grande Rio cresceu. AMADURECEU! Esse amadurecimento da Grande  Rio foi fundamental para essa vitória!!! Quem planta o bem, colhe o bem! 

PARABÉNS, GRANDE RIO!!!! 
NÓS CONSEGUIMOS!!! 

 Se é Laroiê que se diz... LAROIÊ!

sábado, 12 de fevereiro de 2022

MUSEU DA GASTRONOMIA MARANHENSE: Destaque como atração Turística no Maranhão

 

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Completando duas décadas de sua fundação o Jornal Cazumbá, que tem a sua frente o Turismólogo e Jornalista Reginaldo Cazumbá (como ficou conhecido, eu mesmo já não lembrava que seu sobrenome civil é Rodriguea - e acho que nem ele), realizou na noite de ontem o V Prêmio Cazumbá de Turismo e Cultura - o Oscar do Turismo do Maranhão - após uma pausa que a pandemia impôs. Na ocasião de ontem foram premiados personalidades e instituições, públicas e privadas, indicadas por pessoas da área e escolhidas por votação popular através de formulário on-line.

Troféus do V Prêmio Cazumbá de Turismo e Cultura 

Dentre os indicados e premiados diversos amigos e conhecidos meus que aplaudo de pé, pois venho acompanhando suas demandas e entregas para que o turismo e a cultura locais sejam vistos, reconhecidos e visitados. Fazer isso em um Brasil, onde se valoriza mais o exterior e não se considera a força da atividade turística, já não é fácil. E fazer isso no Maranhão é quase um trabalho braçal. Mas, que é lindo.

Acompanhei pelas redes sociais  a louvável e merecida noite de reconhecimento aos esforços e realizações desses profissionais. E dentre os premiados, tenho um apreço todo especial por um, coisa afetiva mesmo, pois vi ser projetado, gestado, produzido, vi nascer e contribui, mesmo que minimamente, para o seu nascimento. Estou me referindo ao vencedor da categoria Destaque como atração Turística no Maranhão, o MUSEU DA GASTRONOMIA MARANHENSE, que tem pesquisa da querida amiga e pesquisadora Wilmara Figueiredo e do qual o também Turismólogo Enoque Silva foi o curador, artista plástico, produtor e executor, ainda na gestão passada da Secretaria de Turismo de São Luís, com a Professora Socorro Araújo, e segue na gestão atual do Professor Saulo Santos, onde também trabalha a querida e competetente Sabrina Martins. Esta gestão continua esse trabalho lindo e que tem seguido sempre lançando novos projetos e atualizando outros já existentes. Isso é lindo e gratificante de ver. O que é bom precisa sempre ser incrementado e seguir.

Fachada do Museu da Gastronomia Maranhense

Saber dessa premiação me dar uma satisfação e felicidade pois considero um reconhecimento ao trabalho desses gestores que admiro, mas devo dizer que me encher de orgulho saber que o projeto expográfico saiu das mãos de um profissional como Enoque Silva (Turismólogo e artista visual) que tem, há mais de 40 anos, contribuído para embelezar, criar e montar cenários, criar e produzir figurinos, dar cores... enfim, sar mais beleza à locais, instituições, atrações turísticas e grupos culturais. Detalhistas e comprometido com o que faz, sempre está muito bem fundamentado, pois, além de ser um pesquisador, tem a experiência de quem viveu quase todos os nossos movimentos culturais de perto ou de dentro. Quer seja no carnaval, no Divino Espírito Santo ou Natal.

Rivas (eu) e o curador do Museu da Gastronomia Maranhense, Enoque Silva, latejando o totem com texto de apresentação do Museu 

Sobre a produção do acervo do Museu da Gastronomia Maranhense o artista visual Enoque , na falta de muitos elementos projetados para representarem materiais de nossa cultura e gastronomia - algumas já até extintos -, ele incomendou o trabalho de diversos profissionais locais e outras ele mesmo pôs as mãos na massa literalmente para confeccionar réplicas perfeitas de tudo, desde a indumentárias dos povos indígenas, das frutas de típicas, elementos de festas, a tina de sorvete à mesa do banquete. Tudo pensado e executado nos mínimos detalhes para atender a demanda, em ser fiel ao real, contar de fato um pouco da história do povo do Maranhão, fazer esse povo se ver nesses elementos, mas sem tirar do foco que o equipamento Museu precisava ser também atrativo e ter funcionalidade de visitação. Estou falando de uma ferramenta turística local que tem, não só a função de representação de um segmento cultural maranhense, e que para isso foi construído com a soma do intelecto, da arte, da criatividade, das mãos e do suor de maranhenses.  O Maranhão está envolvido em todo o processo.


O reconhecimento através do V Prêmio Cazumbá de Turismo e Cultura é uma coroação não apenas ao equipamento em si, mas também ao trabalho de muitos profissionais que foram fundamentais na execução do projeto Museu da Gastronomia Maranhense do início até aqui, quando se torna Destaque como atração Turística no Maranhão. E isso é um sopro de esperança para a continuação, manutenção e crescimento desse projeto lindo.

E você já conhece o MUSEU DA GASTRONOMIA MARANHENSE? Se conhece deve concordar com o Prêmio recebido. Se não conhece, tá esperando o quê? Se você é daqui, tenho certeza que vai se sentir visitando alguém querido do seu passado. Contudo, se não é maranhense. Terás oportunidade de saber de onde vem tanta delicia que pomos à nossas mesas.


A Museu fica na Rua da Estrela, esquina com  Rua de Nazaré, no centro se São Luís.