terça-feira, 26 de abril de 2022
GRANDE RIO, CAMPEÃ!
sábado, 12 de fevereiro de 2022
MUSEU DA GASTRONOMIA MARANHENSE: Destaque como atração Turística no Maranhão
Logomarca do Jornal Cazumbá |
Completando duas décadas de sua fundação o Jornal Cazumbá, que tem a sua frente o Turismólogo e Jornalista Reginaldo Cazumbá (como ficou conhecido, eu mesmo já não lembrava que seu sobrenome civil é Rodriguea - e acho que nem ele), realizou na noite de ontem o V Prêmio Cazumbá de Turismo e Cultura - o Oscar do Turismo do Maranhão - após uma pausa que a pandemia impôs. Na ocasião de ontem foram premiados personalidades e instituições, públicas e privadas, indicadas por pessoas da área e escolhidas por votação popular através de formulário on-line.
Troféus do V Prêmio Cazumbá de Turismo e Cultura |
Rivas (eu) e o curador do Museu da Gastronomia Maranhense, Enoque Silva, latejando o totem com texto de apresentação do Museu |
domingo, 26 de dezembro de 2021
PUREZA UM FILME SOBRE A CRUELDADE HUMANA E A FORÇA DO AMOR DE UMA MÃE
Me refiro a fins dos anos 80 e início dos anos 90 do século XX. Nesse período minha irmã Rogenir, a quem chamo carinhosamente de Genir, em uma de suas passagens por Santa Teresa - não recordo se feriados, férias ou eleição, quando ia votar - então estudante do Curso de Direito da UFMA, já ativista de movimentos sociais e engajada em causas justas trouxe uma história parecida com tantas que já tinha ouvido falar, porém com um agravante extra que me deixou chocado e que, anos depois soubemos, teve um desfecho emocionante.
Após chegar em Itaituba (PA), seu destino, o filho deixou de dar notícias deixando a mãe mais que preocupada, desesperada. Como uma mãe, ela vai em busca de notícias e, aos poucos, ela vai descobrindo que o filho estava sendo vítima de tráfico humano, estava sendo obrigado a trabalhos análogos a escravidão e vivendo em condições sub-humanas. Como um leoa em defesa da cria não se intimida e voa o Brasil e o mundo denunciando as crueldades dos fazendeiros, com apoio de políticos corruptos sobre pessoas pobres em busca de sobrevivência.
A luta dessa mãe enfrenta criminosos, estremece Brasília, escandaliza o mundo, mas, criações ações federais, muda realidades, cria leis, liberta seres humanos, prende desumanos e vira filme, Pureza.
Apresentado em diversos Festivais pelo mundo, o filme Pureza, que também é o nome da mãe, é um drama biográfico nascido a partir de ideia original de Hugo Santarém foi escrito por Renato Barbieri e Marcus Ligocki e dirigido por Renato Barbieri.
O filme tem Dira Paes como protagonista - dando um show como D. Pureza - conta com Matheus Abreu - como Abel, filho de Pureza -, Marinana Nunes, Flávio Bauraqui, Cláudio Barros e Sérgio Sartorio no elenco, além da participação especial de vários homens que foram personagens reais da história de escravidão na época e de pessoas importantes na luta contra a escravidão, abolicionista no Brasil atual, uma delas minha irmã Genir.
Pureza já fora premiado como Melhor Filme júri popular Mercosul no FAM 2020 e o Grande Prêmio do Público no Rencontres du Cinema Sud-Américain na França. Além disso nos EUA no Inffinito Film Festival de Miami e NY, o filme levou a categoria técnica de fotografia e nossa Dira Paes conquistou a estatueta de Melhor Atriz, assim como no Seattle Latino Film Festival. Não é para menos, o filme tem um um primor de realidade e qualidade em todo o conjunto da obra, o enredo é emocionante, ainda mais por se tratar de história real tão perto da gente, tanto por se tratar de conterrâneos maranhenses quanto pela época que tudo ocorreu, 1993 - eu fazia q 7ª serie (8° ano de hoje) e para se ter uma noção, meu sobrinho mais velho, o Lucas nasceu em 1992.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
ASSOCIAÇÃO DE PASSISTAS DE SAMBAS DO BRASIL - SECCIONAL MARANHÃO
Não são raras as histórias de brasileiros que viajam o mundo e em algum momento precisa falar sobre o Brasil. Para isso é comum usarem referências como Pelé, Futebol, Samba e, óbvio, Carnaval. Isso pelo fato de serem fortes componentes que ajudam na formação de uma identidade nacional. E arrisco dizer o carnaval vai até além, é parte da alma brasileira e isso é um consenso mundial.
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
O DEBOCHE NEGACIONISTA
Vi esta imagem sendo postada por vários conhecidos meus no facebook. Como sou ligado a cultura, turismo e ao carnaval venho com toda licença e respeito aí amigo quero dizer que desconcordo com a proposta do card postado.
O carnaval vai além da Folia a que todos querem taxar como o resumo de tudo. A atividade carnavalesca vai muito além isso. Temos muitas pessoas que tem nesse período um meio de seu sustento e de sua família. Além dos cantores têm os trabalhos formais gerados, com contratação de músicos, iluminadores, escultores, pintores, marceneiro, eletricista, produtores, montadores, malharias, empresas gráficas, seguranças, por exemplo. Além disso, tem uma cadeia ainda maior de empresas (hotéis, restaurantes, farmácias, lanchonetes, bares) e trabalhos informais q se beneficiam com o período como vendedores de água, cerveja, refrigerante, churrasquinho, caçadores de reciclados... e muito mais.
Depois nos eventos de carnaval apontado na imagem como fundamento para essa campanha sem nexo, é preciso lembrar que no ápice da pandemia, quando tinhamos a necessidade de ficar em não se casa, não tinha vacina ainda e a doença desconhecida avançava. É absolutamente incomparável e injusto comparar com hoje que temos mais da metade da população vacinada, as mortes caindo e os novos casos diminuindo. Tudo isso apesar da campanha contra de muitos. Aliás, essa imagem tem bem o perfil e a cara dos que foram contra o isolamento social e a vacina.
Há no carnaval uma grande cadeia produtiva que ainda assim ficaram todos esse período todo arcando as consequências e sem trabalho. Quando TODOS param essa galera já estava parada, exceto os casos de serviços essenciais. Contudo, muitos setores já voltaram há muito tempo. Agora que as atividades voltadas ao turismo, lazer e geração de renda através do entretenimento estão voltando alguém começa essa campanha irônica, debochada, usando a memória das vítimas do negacionismo e da irresponsabilidade pública brasileira. Uma piada totalmente vil e sem graça. Uma desgraçada total.
domingo, 14 de novembro de 2021
GRATIDÃO E ADEUS AO FALAFINA
Por Rivanio Almeida Santos
Também no domingo pela manhã eu pequeno acordava cedo, chamado pelo pai para ir à chácara pegar leite enquanto ele ia ao mercado comprar carne e a mãe passava o café e preparava os acompanhamentos do café da manhã e já iniciar os preparativos do almoço. Ao sair pela porta do terraço já via, ouvia e cumprimentava Seu Santinho, Seu Antônio Carpinteiro (o Caripina) conversando enquanto Seu Sebastião Falafina, em pé na calçada com as barras das calças dobradas até o joelho, escovava os dentes com um copo de alumínio com água nas mãos. Findado a higiene bucal se acocarava e ficavam por ali comentando os noticiários da TV da noite anterior e puxando brincadeira com quem passava pela rua.
Seu Sebastião sempre foi nosso vizinho, dos mais chegados. Um dos melhores amigos do meu pai, da minha família. Aliás, um dos melhores amigos de toda aquela gente. Apesar de dono um dos gênios mais fortes que já conheci, era uma pessoa de coração gigante. São muitas histórias que poderia mencionar que estão ligadas a minha memória afetiva. É impossível falar de minha infância sem mencionar o Falafina ou alguém da família Guimarães.
Renderia alguns capítulos a sua participação na Construção do Colégio Santa Teresa quando, salvo melhor memória, ele era o Presidente da Associação de Moradores. Ele sempre foi presente nas causas e na vida pública e política da comunidade.
Eu poderia escrever sobre o fato de sua casa ficar o dia inteiro aberta, tanto as portas da frente quando dos fundos. Um sinal da paz que era nossa Santa Teresa do Paruá e da confiança que ele tinha na gente daquele lugar. Aliás, sua casa mereceria um filme de suspense, pois eu morria de medo de passar a noite na calçada. Lá fora local do velório de seu filho, alem de alguns parentes ou amigos. Situações que viraram folclore entre as crianças da rua.
Poderia falar do homem que tinha, apesar do estudo não muito aprofundado, perfil de gestor e espírito de liderança. Criava gado, quando era possível vendeu madeira - recordo dos troncos gigantes de árvores que nós brincávamos correndo sobre, ali do lado de casa -, vendeu estacas, acredito que negociou ouro pois alguns dos seus filhos trabalharam em garimpo (mas não tenho certeza) e foi dono de usina. Fora justamente nesse prédio da usina que foi instalado o primeiro hospital de Santa Teresa, o Hospital Cristo Rei (do Dr. Humberto. Marido da Dra. Olívia).
Era muito bom quando seus netos - Hildegardia, Erick e Édipo - que hoje moram em São Luís, mas dantes residiam em Taguatinga, cidade satélite Brasília, iam passar férias. Éramos como primos, vivíamos uns na casa dos outros brincando de tudo que era possível.
Recordo de um de seus aniversários - não sei de 50 ou 60 anos - deixou a cidade empolvorosa com o churrasco feito, para o qual vieram seus parentes que moram longe. Foi a primeira vez que vi um evento gravado em fita de vídeo, em que pude ver as pessoas ali de perto na TV. E foi pela telinha que vi a festa... eu era pequeno e meus pais não permitiram minha ida. Contudo, a atmosfera era festiva e já me deixava feliz.
Lembro bem que mandou matar um barrão que criava e Dona Raimunda, que trabalhou na sua casa por anos, fritou o toucinho transformando em torresmo. Eu na gula adolescente fazia um cone de papel de embrulho e ia encher de torresmo nas bacias que ficaram sobre a mesa da sala de jantar da casa.
Seu Bartião era pai do Claudionor (Boiô), da Ana Joaquina, Elza, Cláudio, Guimarães e do Claudimar e mais tarde da Lorrane, do seu casamento com a sua querida companheira Rosa. Sempre os melhores amigos das pessoas lá de casa. Pessoas que temos todo carinho, consideração e respeito. Recordo de que era um pai carinhoso com as meninas, com os rapazes um carinho mais contido, mas loucos por todos. Contudo, com os netos era sem barreiras. Um amor sem medidas. Era apaixonado pelas crianças.
Seu espírito público o levou a ser o segundo prefeito de Santa Teresa do Paruá, quando emancipada e recebeu a alcunha de Presidente Médici. Ele que já era parte da história oral da cidade, entrou pra história oficial.
As duas últimas vezes que o encontrei (aniversário de 60 anos de seu genro Nonato e quando veio fazer uma cirurgia) em São Luís, ela já bem idoso. Foram reencontros que me emocionaram. Foram como se eu estivesse reencontrando um pouco meu pai.
Quando meu faleceu ele foi um dos que mais sentiram. Recordo da tristeza que ele e os demais amigos ficaram quando Juruca foi para o andar de cima... eles eram confidentes, conselheiros, ombro amigo, irmãos.
Hoje, 14 de novembro de 2021, aqui em São Luís o dia amanheceu nublado, ventinho frio, tristonho e mais silencioso que o normal para um domingo. Abri o celular e me deparei com uma nota de pesar anunciando o falecimento de Sebastião Guimarães Filho, o nosso querido Sebastião Falafina. O sentimento é que mais um pouco do meu pai que se encontrava por aqui se foi.
Queria aqui registrar esses momentos vividos. Queria registrar o tamanho da importância desse ser humano na formação da nossa população em agentes um pouco mais políticos. E jamais poderia deixar de falar da sua presença nas memórias afetivas mais fortes e carinhosas da minha vida e da minha família.
Nossos sentimentos a todos da Família Guimarães, a família formada por todos seus amigos que conquistou.
Cala-se a fala fina, perde-se o Falafina, mas ficamos uma robusta memória da história de um homem que fez história.
Missão cumprida, hora de se retirar e descansar. Fica nossa gratidão.
domingo, 24 de outubro de 2021
SAMBA E CHORO GÊNEROS DEMOCRÁTICOS
Estou em casa nesse momento vendo Enoque bordar sua fantasia para o Carnaval 2022 - para quem não sabe ele é Destaque da Grande Rio no Rio de Janeiro-. Meu corpo está exausto de tanto trabalho da semana. Mas, completamente agradecido a Deus por isso. Eu estava com saudade desse movimento. Coração feliz pelo fato de em 2 anos essa ser uma semana quase normal, como antes. Teve viagem a trabalho pela Vivo com eventos e prospecção de parceiros. E teve RicoChoro ComVida na área aberta do Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
ANIVERSÁRIO DO PAPAI!
Não posso deixar de postar sobre o aniversário do meu pai, pois, muito antes de eu me preparar para comemorar o aniversário da minha querida São Luís, era para comemorar o seu aniversário que eu me preparava todo mês se setembro.
Enquanto morei com esse "véi" do sorriso lindo, da gargalhada fácil eu começava o dia pondo o LP do Palhaço Carequinha e ele adorova. Ele tinha um humor diferenciado para hoje. Porém, tinha a solidariedade a flor da pele, do coração gigante e absolutamente da paz.
Quando da sua passagem ele era evangélico, mas, não o foi na maior parte de sua vida, e foi quando me ensinou o que era genuíno seu, o respeitar e o acolhimento a todos sem distinção.
A minha relação em vida com o pai chegou a fazer bodas de Prata... foi pouco!!! Sinto que tínhamos muito a viver e aprender um com outro. Todas as vezes que nos falávamos dizíamos "te amo" um ao outro... foi muuuito pouco!!! Pois, tenho somente 42 anos e muita vontade e razão de dizer muitas vezes "Eu te amo, pops!".
Pai, obrigado pela mão abençoada que me livra de muitos finos nas ruas dessa vida louca. Te sinto no coração. Quanta saudade tenho de sentir ao seu abraço, cheio e voz. Tenho muuuita saudade de jantar pela segunda vez com o que o senhor deixa pra nas travessas, embora agora eu só faria companhia (não estragaria minha bariátrica, por nada... rsrsrs). Já o doce...rs Sinto saudade sem medidas quando vejo um por do sol na estrada e não vejo sua sombra vindo na sua "monark barra circula" apertando a campainha. E qdo ouço Gonzaga?
Mas, ó... apesar Neném do pai aqui sentir muita saudade, de chorar... vamos combinar algo... Não estou com pressa de fazer a passagem ainda, não. Tá? Então, aproveite que o senhor já deve ser amigo de gatos e cachorros aí em cima e Cuide para que nosso encontro demore mais, né? Rsrsrs
A vida aqui tá difícil, mas, sabe como é... a gente vai se virando e é apegado nessa vida, né mesmo? O senhor me entende. Só peça para manerarem a mão um pouco, que o parafuso tá apertado demais. A galera aqui embaixo precisa de um alívio. Entendido?
Fica Combinado. Te amo! Parabéns!
domingo, 29 de agosto de 2021
REGINALDO PEREIRA: UM BOM FRUTO DA FLORESTA E DO BOM JARDIM
Artista plástico Reginaldo Pereira
Sempre tive uma ligação forte com meus primos, em especial os do lado materno. Contudo, sempre tem alguém da família que não conhecemos. Há alguns meses nosso grupo de WhatsApp da família materna - Albuquerque Almeida - tem aumentado juntando nossos entes maravilhosos do Brasil todo. Através do meu Tio Avô Custódio, uma pessoa incrível, conheci vários parentes e soube de um primo de minha mãe (filho da sua tia Zeu, irmã do seu pai Manoca) que mora em Minas Gerais que seria Artista Plástico. Como sou ligado às artes fiquei curioso.