Escrevi esse texto no ultimo dia 09 de junho, um dia após um já famoso evento de São João no Maranhão. Ia postar, Contudo decidi esperar para ter ainda mais uma evidência do que escrevi. Estão hoje fiz alguns ajustes. Vejamos:
Escrevo aqui sobre o Festival São João da Thay que aconteceu bos dias 7 e 8 de Junho de 2024. Bom, por questões profissionais não posso expor detalhes de questões de patrocínio. E também acho que questões sobre patrocínios acerca da lei de incentivo à cultura já fora muito debatido, explicado, explanados, exposto, dito e redito. Acredito que todos já entendem, ou deveriam entender, como funciona. E em tempos de Internet em que as informações estão ao alcance das mãos, bastando dar um Google, não pesquisar mais explicações para compreender determinados temas para poder disseminar interpretações erradas é uma questão de caráter, aliás de "falta de", para melhor dizer. Mas, enfim... eu quero dizer que tô - SOU - orgulhoso sim de trabalhar em uma empresa que ouviu ouviu minha voz, minha ladainha na defesa desse projeto e foi atrás de informações e mais opiniões, visões, versões, embasamento, justificativa e a importância de projetos como tal para fortalecimento de uma cultura tão diversa como a nossa e, por isso, entregou muito destes dias lindos.
Sei que devemos focar no que ocorre de bom. E não faltam pontos positividos e entregas para comemorar. Eu podeita enumerar. Contudo, vou dar um Control C e Control V no texto da Artista Drag Enme Paixão. Então segue texto ipsis litteris como escreveu para não perder nada do que representou aqueles dias do FESTIVAL. Ela foi cirúrgica ao dizer que:
"Pontos importantes a serem falados sobre o São João da Thay enquanto projeto cultural:
1 - Evento com maior ativações de marcas nacionais que já tivemos aqui.
2 - Estrutura do evento acessível para pessoas com deficiência, desde espaços a rampas e tudo mais.
3 - Artistas, veículos e influenciadores pesquisando e imergindo na cultura local.
4 - Estrutura de festival nacional, maior que todos que já tivemos.
5 - Governo do MA entendendo que é melhor investir em projetos do que tentar realizar tudo.
6 - A responsabilidade social do evento esse ano expandiu muito mais!
7 - O evento também funciona como feira de negócios, muitos profissionais e representantes de marcas de olho em quem investir, quem contratar, quem se conectar
8 - Thaynara usando marketing de influência para fazer algo que seja para além dela. Ela é a dona da festa mas faz questão que não seja tudo sobre ela.
9 - O multiculturalismo presente chama atenção para algo muito importante: o Maranhão precisa ser lembrado! É esquecido pelo Norte pois não faz parte dele, é esquecido pelo Nordeste que só se fala Recife e Salvador. Nosso Estado tem tudo das duas regiões e um pouco mais.
10 - O projeto gera credibilidade no mercado e interesse em investir em outros projetos e festivais locais.
11 - O São João da Thay é hoje o maior festival que existe em São Luís. E cabe aqui uma oportunidade: thaynara se conectar e trazer curadores e produtores de outros festivais para possam assistir e criar um circuito dos artistas que ali se apresentam.
Talvez nem ela se veja assim mas, a empresa Thaynara OG é produtora de um dos maiores festivais do Nordeste.
Algo que achei super interessante: esse ano a produção foi dividida em setores: influenciadores, artistas e manifestações culturais. É importante colocar quem entende de cada assunto para cuidar e receber cada um. Acredito que ainda teve um setor de investidores também, vi muitos empresários e publicitários presentes."
E olha que ela nem citou o histórico encontro do Bumba-meu-boi e Boi Bumbá tão importantes à cultura nacional. Sendo que foi do nosso Bumba-meu-boi que se originou o Boi-bumbá.
Apesar de todos estes pontos explanados por uma das artistas drags maranahenses que participaram do programa Caravana Das Drags - divulgando a cultura daqui através de sua arte no programa - é possível ver quem quer cancelar, invalidar, diminuir, desmerecer todas as iniciativas da maranhense que promove o evento e a cultura local e que cresce a cada ano - desculpem os do contra, mas 2025 tá "benhaí" - . Óbvio que têm pontos a melhorar. Que evento não os têm? Que evento em sua 6ª edição não precisa se rever se até o Rock in Rio, o maior festival do país que tem 40 anos precisa se revisitar ano após ano?
Bom, o fato é que vejo muito falas em postagens de redes sociais, e ouço pessoalmente, de que o evento desvaloriza ou exclui a cultura local. E eu digo: OI!?... SÉRIO ISSO AMIGOS!? Paremos pra refletir e vejamos que este é um dos projetos que mais leva nossa cultura para o Brasil TO-DO, em especial trazendo pessoas de visibilidade nacional do momento para interagir com a comunidade através de visitas a locais relevantes e de muitas manifestações culturais.
Outra coisa... se fizermos uma pesquisa sobre quantos shows exclusivamente de cantores maranhenses os moradores de São Luís saem de casa pra assistir por ano, quais dados teremos de resposta? Mesmo se incluir os cantores de bares e restaurantes dos quais nem ouvimos, não saberemos nem os nomes dos mesmos. Alguém se arrisca dizer que tô mentindo? Tenho mais perguntas: Quantas visitas a ensaios de bois vamos a cada temporada junina? Quantos desfiles de Escolas de Samba, Blocos Tradicionais, Tribos de Índios - alguém conhece o nome de alguma brincadeira dessa? -, e Blocos Organizados de São Luís já fomos ver na passarela do samba? Você que tá lendo já foi à passarela do Samba? Lembra o tema de algum enredo dale ao menos uma Escolas de Samba maranhense? Quem sabia que a Turma de Mangueira (do bairro do João Paulo) é mais antiga que a Estação Primeira de Mangueira, do errejota? Quantas vezes prestigiamos os musicais maranhenses que volta e meia estão no Artur Azevedo? Quantas exposições de artistas e pintores Maranheses vamos por ano? Temos quadros/esculturas de pintores/escultores Maranheses em casa? Eu tenho alguns. Sabemos o nome de algum? Em exercício cite mentalmente - nao precisa se expor - os nomes de três somente? Sabemos quem é Patativa, Antonio Almeida, Aldo Leite, Zelinda Lima, Carlos Lima, Dilercy Adler, Catulo da Paixão Cearense e Lilah Lisboa por exemplo? Alguém sabe qual foi a principal luta do estilista (olha a dica..) Chico Coimbra? Você sabe quem foi Chico Coimbra? Poderia passar o dia fazendo perguntas aqui que sei que poucas pessoas teriam respostas positivas. Mas é isso aí... só mais uma... Quantas vezes ajudamos lotar os locais quando só atrações locais são as estrelas? Basta vermos os vídeos dos shows de São João e Carnaval passados. Quase nada... ou estou mentindo?
O fato é que o Maranhese não prestigia o Maranhese! Temos poucos Maranheses em destaques nacionais. Quase a totalidade deles tiveram que sair daqui para isso, vide os principais nomes como Alcione, Zeca Baleiro e Rita Benneditto. A própria Thaynara é uma rara exceção e ainda assim precisou estabelecer base em SP e no RJ para cumprir seus compromissos estabelecidos após conseguir furar a bolha.
Para ilustrar mais um pouco ressalto que trabalho em um projeto de Chorinho que meu irmão produz. Apesar da divulgação nunca tivemos um grandioso público de congestionar ruas ao redir das praças as quais levamos os saraus. Temos um público LINDO e FIEL - Graças a Deus -, mas pequeno -.
Outro fato é que quem quer ter grande público no Maranhão, precisa trazer grandes atrações de fora. Não por falta de falta de talento, qualidade ou competência de nossos artitas, muito pelo contrário. Aqui o artistas, pinta, borda, canta, dança e bate palmas por falta de recursos e por nos tornamos mais completos. Só que não é só recursoa que nós falta. Nos falta acolhimento, reconhecimento e - por vezes- respeito de nossa gente. Para ter público as produções dos eventos daqui têm que trazer nomes nacionais como principais shows e colocar no meio alguma coisa local com a pouca verba que resta... Aliás, cá pra nós, os valores de cachê locais e nacionais tem uma disparidade também pela falta de alcance público para artista local. E esse alcance não se têm por falta de incentivo local, e não falo de ajuda governamental, pois quando há tem o discurso contra, que tem coisa mais importante e tal... tenho preguiça de entrar nesse tema, pois também é muito falado e essa gente não quer entender. Gostam é de fazer muito blá, blá blá para nebular o tema principalmente os componentes daquele rebanho.
Alguns dos arraiais que funcionarão nessa temporada na cidade já estão funcionando e advinha qual está tendo o maior público? Obviamente que é sustamente o que tem atrações nacionais como Leonardo, Mari Fernandes, Leonardo, Xand Avião e Calcinha Preta, por exemplo... e não nos prendemos ao fato de estes shows nacionais serem de graça, pois os demais arraiais também são gratuitos. Isso de não valorizar a prata da casa é coisa nossa... de nossa gente. Me inclui nesse contexto - usando os verbos na primeira pessoa do plural - pelo fato de que em nosso Estado a maioria age assim e a maioria vence.
Enfim... poucos se destacaram estando ainda no MA, coisa da Internet, um mundo onde tudo muito recente. E quando aparece uma pessoa com o intuito de levar o nome, a cultura e outros artistas Maranheses para um lugar de maior visibilidade vemos estas posturas e comentários que diminuem um trabalho feito com muito amor, cuidado, seriedade, responsabilidade e muita qualidade prestigiando o máximo possível de mãos de obra local.
PERAÍ, MEU POVO!!!! Algo veio a minha cabeça agora... Isso seria esta uma característica cultural nossa? Agora fiquei com medo! Tomara que não, que isso é feio. Torço para que nossa gente, que não gosta do que é nosso, passe a ver com outros olhos e comecem a prestigiar mais nossos artistas. Quem sabe um dia podemos ter grandes eventos só com artistas e manifestações culturais locais para um público local (pode até ser os gratuitos - nem vou esperar os pagantes) como tanto pregam os "incentivadores e doutores" em cultura maranhenses que enchem a blogosfera de críticas e desmerecimento quem faz o contrário deles. E que fique claro, não estou aqui falando mal de minha gente, do meu DNA, isso seria falar mal de mim mesmo. Estou sim, tentando despertar uma autorreflexão no meu povo para pararmos, tratarmos e/ou curarmos, nosso complexo de vira-latas maranhense. Precisamos para com isso. Já ta feio... Vamos respeitar os maranhenses que levam o nome do Maranhão com enredos, histórias, músicas e. cultura de valores positivos para todo o Brasil. E nesse caso...
Viva essa tal Thaynara OG!
Viva o São João da Thay!
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