quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A VAIDADE NÃO PODE MATAR O PROFISSIONALISMO

Foto: suacidade.com

Ser vaidoso é uma forma se mostrar ser uma pessoa preocupada com seu bem estar e com a própria imagem. Não no sentido de se preocupar com o que os outros vão pensar, mas na imagem em que se está passando aos outros. Isso é sadio. Isso é até bonito. Quando se leva a vaidade, no sentido de competição, para o âmbito cultural muitas vezes o tema torna-se até folclórico, deixando as brincadeiras com um certo charme. Agora, quando se deixa a vaidade passar a fronteira do folclórico ou do charme, deixando o individual sobrepor o coletivo, torna-se imaturo, ou mesmo infantil. Beira o ridículo. E quebra o profissionalismo.

No sábado, 04 de fevereiro, dei uma passada no ensaio técnico da beija-flor (Escola de Samba do RJ) para o próximo desfile onde estavam 7 grupos folclóricos e culturais ensaiando sua participação no desfile da escola carioca, que homenageará nossa cidade. Além de uma boa dose de envolvimento, empolgação, determinação e amor por seu Estado por parte dos brincantes dos grupos folclóricos, vimos - eu e todos presentes - um fato que foi , no mínimo, inusitado. Dois exemplos de comportamentos antagônicos, um louvável e outro lamentável.

De um lado os grupos de Bumba meu Boi, Maioba e Maracanã, os dois maiores batalhões do folguedo maranhense, dando exemplo de união, respeito ao próximo e, acima de tudo, de valorização da cultura local, deixando o macro prevalecer ao mínimo. Estes dois grupos, também dos mais antigos existentes, juntos e misturados literalmente, se unido de forma a mostrar para o Brasil, e para o mundo, através de sua participação no desfile da Beija Flor deste ano, que o Maranhão um Estado forte, unido, rico em cultura e de pessoas civilizadas.

O mesmo no se pode dizer sobre o que se viu em relação aos bois de orquestra. Aliás, o mesmo não se pode dizer em relação à dirigente do Boi de Axixá. Um exemplo público de falta de companheirismo, isso para ser “delicado” com a situação. Pareceu pura vaidade individual. Será?

O fato é que durante o ensaio algumas alterações foram feitas pelo representante da Beija Flor, na coreografia do grupo Boi de Nina Rodrigues. O que deixou a dirigente do Boi de Axixá enciumada, pois achou que o outro boi estava sendo “beneficiado” por ter seu nome citado a cada solicitação de alteração na coreografia. Pela lógica se em uma coreografia não foi solicitada alteração é pelo fato de está toda certa. Ali estava se vendo o coletivo, afinal um resultado final de excelência do conjunto é o objetivo. Em um instante da coreografia abre-se um espaço entre os dois grupos, o que não pode haver em um desfile de escola de samba (faz perder pontos). Para “cobrir” este espaço fora determinado que ali, nesse instante da coreografia, entrariam o vaqueiro de cada um dos dois grupos e o boi em si para fazerem seus bailados. O que foi recusado pelo Boi de Axixá, pois para eles pareceu uma afronta dividir espaço com o Nina Rodrigues, que não se opôs ao fato.

Para defender os interesses da escola que representa e que está investindo milhões (a origem desses milhões não vem ao caso) em um desfile que vale um campeonato disputadíssimo, o diretor de carnaval ali presente teve que chamar a atenção dos envolvidos. É preciso lembrar que um desfile como os das escolas de samba do rio de Janeiro são levados muito a sério e profissionalismo. Não há espaço para amadorismo e na ocasião de um desfile devem prevalecer os interesses que vão contribuir para a competição que poderá levar a agremiação a um possível campeonato. Daí ele ter dito que as alterações são para o bom desempenho da escola e que as alterações sugeridas e testadas com sucesso tinham que ser aceitas e quem se recusasse que se retirasse. Afinal, devem está ali quem está disponível à colaborar com a escola e quiser realmente representar a cultura maranhense no contexto maior e não apenas mostrar-se forma individual.

Que não venham dizer que estou “puxando o saco” de A ou de B por ser de fora. Apenas tenho que ser justo mediante os fatos que presenciei. E quero registrar que sou da Grande Rio. E comigo há essa história de defender meu filho, mesmo ele estando errado, apenas pelo fato de ser meu filho. Se meu filho errou, errou e ponto. Então achei certíssimo a atitude tomada pelo diretor da Beija Flor. Conheço de perto os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e sei o quanto os cariocas se entregam a este evento, que é sério e envolve milhares de trabalhadores, milhões de torcedores, milhares de espectadores, transmitido para milhões de telespectadores no Brasil e em mais 115 países do mundo, são 12 escolas no grupo especial (este ano serão 14 excepcionalmente), trás para o país milhares de turistas e movimentam milhões de reais entre produção e a arrecadação do evento. Como disse no artigo sobre Joãosinho Trinta, quando se tem um nome a zelar tem-se que ser bastante exigente e nesse caso onde todos os itens envolvidos são sempre nas casas de milhares e milhões deve-se zelar ao extremo pela garantia da excelência necessária para se chegar ao objetivo final: o campeonato.

E o que vejo é que esse tipo de comprometimento, compromisso, profissionalismo e exigência ainda faltam em nossa cidade, em todos os âmbitos profissionais. Temos que deixar de lado o pensamento de “tá melhor que tava”, “tá melhor que nada”, “não tá bom, mas tá melhor que o de fulano” e “coitadinho de mim”. Chega desse pensamento pequeno. Temos que pensar grande, temos que pensar como profissional. Temos que pensar “tá ótimo, mas pode ficar melhor”, “meu trabalho tem que ser excelente”. Há momento e há trabalhos em que não há tempo para meias palavras ou floreamento delas. Tem-se que dizer a verdade e a verdade, muitas vezes dói. Contudo, para ser profissional de verdade a dor deve ser colocada de lado e tem-se que ser direto e objetivo. Afinal o tempo rugi e a Sapucaí é grande.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A poesia que brotou do pé de acerola da casa do meu Tio Zeca... Essa copiei do blog "Rico Choro"

O pé de acerola do tio Zeca dá poesia

O pé de acerola do meu tio Zeca, singeleza de poesia!

MEU PÉ DE ACEROLA

(Irmão Ribamar)

O meu pé de acerola,

Minha árvore do bem;

Produz, de encher sacola!

Igual a ele não tem.

É fonte de vitamina,

Chega curar algum mal;

Seu produzir ilumina

O fundo do meu quintal!

Gosto de ver sua copa

Sob o vento balançar;

Gosto de colher seus frutos,

Fazer um suco, e tomar.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

JOÃOSINHO É 30. O RESTO É 29

No último dia 17 de dezembro o mundo perdeu uma das mentes mais brilhantes, ousadas e geniais que já existiram. Morreu Joãosinho Trinta, o homem que revolucionou o carnaval do Rio de Janeiro e o fez de “modelo padrão” para o carnaval de passarela de todo o Brasil, além dos países onde há carnaval. E ainda levou nossa festa para os mais nobres e sofisticados salões de palácios pelo mundo a fora.


Não quero aqui relembrar os diversos títulos que João deu às escolas como Salgueiro, Beija-Flor e Viradouro, que lhes deram os status de grandes escolas. Também não quero ficar lembrando os seus feitos ousados em todas estas e na Grande Rio, onde colocou um homem a voar em plena avenida. O que pretendo é defender sua memória e louvar o orgulho que ele tinha em ser maranhense.


João passou a vida trabalhando, e não o digo no sentido figurado. Esse “pequeno” era fora do comum. Sua mente fabricava ideias, projetos. Entre estas suas ideias e projetos sempre esteve o de voltar à sua terra e dar um presente a seus conterrâneos. Isso ele já estava fazendo. Porém, enquanto esse tempo não chegava o ousado e genial Joãosinho fazia o que era possível pra divulgar o nome de seu Estado natal. E onde quer que fosse falava de sua terra, de sua gente, de sua cultura. Tanto que levou nosso Estado como tema de seus carnavais por várias vezes. Com ele o Brasil descobriu que no Maranhão não tinha somente pobreza e analfabetismo. O Maranhão tinha – e tem – gente talentosa, criativa e rica em cultura. E, onde era anunciado, sua profissão e sua origem eram citadas antes mesmo que seu nome. “Carnavalesco Maranhense Joãosinho Trinta”, assim era tratado.


Voluntária e involuntariamente fazia mídia à sua terra e para isso não ganhava nada. Inúmeras vezes, em viagens pelo Brasil, ao dizer que sou do Maranhão ouvi de volta a frase “Terra do genial Joãosinho Trinta e da Marrom”. Quanto não se gasta em mídias em revistas, TVs, jornais, outdoors etc. para divulgar São Luís e o Maranhão como destinos turísticos? O João, que era mais que maranhense, era Brasileiro, falava de sua terra sempre com orgulho. Isso não era pouco.


Poucas, ou inexistentes, são as informações obtidas por uns e outros a respeito desse mestre. Menores ainda são os interesses dessas pessoas em buscar conhecer a essência do ser desse gênio. Mas, há ainda coisa menor, o respeito e o reconhecimento que essas pessoas deveriam dar a ele e sua obra. A divulgação da terra de João, feita por ele, chegou mais longe que muitos meios de comunicações locais conseguem chegar. A ousadia de sua mente genial deu forma ao carnaval do Brasil, isso incluindo as escolas de samba locais. E ainda ousam em perguntar o que Joãosinho Trinta fez pelo Maranhão. João não fez apenas pelo Maranhão. Ele fez pelo Brasil, ele fez pelo mundo. Afinal, ele não era só mais um maranhense. Joãosinho Trinta era um carnavalesco maranhense cidadão do mundo. Isso por si só já é motivo de orgulho.


E, não bastando os questionamentos quanto aos feitos desse mestre, ainda há pessoas que se aproveitam de sua partida para tentar sujar sua imagem e sua reputação. Ação que soa desrespeitosa, leviana e cruel. Quem tinha dúvidas quanto ao seu caráter e à sua conduta pessoal e profissional por qual motivo não o procurou em vida para que o próprio pudesse responder e se defender dessas especulações? Foi medo ou vergonha? Ou simplesmente preconceito por ele ser “O Joãosinho Trinta”?


Não entendo porque o fato de um conterrâneo fazer sucesso lá fora não seja aceito por alguns. Será se estes artistas tivessem permanecido na ilha eles seriam as referências que são hoje? Já perceberam que nós ainda temos muitos e grandes talentos no Estado e que não são conhecidos pelo resto do país?


Vários maranhenses hoje são conhecidos nacional e internacionalmente pelo que fazem. Mas, isso só ocorreu pelo fato de terem ousado sair de sua terra em busca de reconhecimento por seus trabalhos. E não nasce todo dia um Gonçalves Dias, um Ferreira Gullar, um Josué Montelo, um Reinaldo Faray, um João do Vale, uma Alcione, um Zeca Baleiro, uma Rita Ribeiro, uma Ana Torres e muito menos um Joãosinho Trinta. Estes artistas não têm “culpas” – se e que alguém pode ser culpado por isso - de só se destacarem os que são geniais, os que oferecem o novo, o diferente e se arriscam nos grandes centros, como o eixo Rio-São Paulo, ou até mesmo a Europa. E Joãosinho Trinta tem menos “culpa” ainda.


Muitas pessoas que se intitulam de carnavalescos já tentaram a sorte nas escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro. Contudo, não tiveram a ajuda nem do talento e muito menos da sorte. É como o próprio João dizia: “não acredito em casualidades, mas em causalidades”.


Quem o conheceu e teve o privilégio de conviver com ele tanto no âmbito profissional quanto no pessoal, como eu e os demais componentes de sua atual equipe, sabe e pode afirmar o quão generoso ele era. E não o digo pelo fato de está ele nos seus “últimos dias de vida” ou “arruinado”, como alguns especulam. O conheci em 1997 por ocasião da Comenda Mérito dos Timbiras, dada a ele pelo Governo do Estado do Maranhão. A partir daí se fortificou uma amizade e que passou a colaboração profissional, motivo de muita honra, pois João só buscava para junto de si pessoas com trabalhos de excelência. E nem a doença o afastou de seus amigos e colaboradores e do seu trabalho. Ele sempre se mostrou generoso, sempre gostou de ser ouvido e, principalmente, de ouvir. Dizia que além de respeitoso isso fortalecia as relações e dava unidade de informações à equipe.


Exigente ele sempre foi. É fato. Quem não o é quando se quer defender um trabalho que leva sua assinatura? E, no caso, um trabalho com a “grife” Joãosinho Trinta deve ser muito zelado pela qualidade dos resultados. Afinal de contas esse nome não se fez da noite para o dia. Ele não foi Doutor de formação, porém, foi um mestre no trabalho que fez e sua obra serviu, serve e servirá como objeto de estudos e teses para muitos doutores.


Polêmico João sempre foi. Sem dúvida alguma. Mexer com o senso comum, mudar as ordens das coisas sempre causa certos desconfortos iniciais. Mostrar as coisas por diferentes ângulos, mexer com a opinião pública e fazer refletir eram algumas de suas marcas. Como ele mesmo disse certa vez: “Só os contrastes causam impacto e são capazes de mostrar a realidade brasileira”. Isso incomoda, causa inveja e especulações. Citar sua obra é obrigação para quem o menciona, pois ninguém pode lhe tirar seus méritos. Agora usar especulações para agredir e diminuir a imagem de quem colaborou muito à cultura nacional é covardia. E quando a pessoa não está mais presente para se defender é desumano.


Que fique registrado que João Clemente Jorge Trinta, o Genial Carnavalesco Maranhense Joãosinho Trinta, teve seu nome conhecido e reconhecido no Brasil e no mundo no diminutivo. Entretanto, seus feitos à história e a cultura, além do seu coração generoso, o fizeram um ser humano no aumentativo. Por fora um Joãosinho, por dentro um Joãosão. E como disse Ramilton Fernandes, vice-presidente da Beija-Flor, em 1990, “Joãosinho é 30. O resto é 29”.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

POSTAGEM




"Não quero lhe falar meu grande amor da coisas que aprendi nos discos. Quero lhe mostrar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo..." ah!... Saudosa Elis. Mas, estou hoje aqui pra falar de coisas que aconteceram comigo, de coisas que vivenciei. Quero falar de outros tempos... De uma época que a nossa juventude não deve recordar muito bem. Quero falar das correios, aliás, do objeto de origem dos serviços de correios, as cartas.

Quando eu era criança, não faz muito tempo, estou hoje com apenas 31anos, era muito comum o uso das cartas. Em especial no interior onde morávamos minha família e eu. Até uns quinze anos atrás em Presidente Médice ainda não tinha nem computador, muito menos internet, email, rede sociais... Nem o Amâncio, o homem mais rico da cidade, quem dirá mas casas das demais pessoas. Lan houses? Nunca tinha ouvido falar.

Hoje, quem nasce e se comunica através de celulares, orkut, Facebook, email, twitter e todos os meios de rede sociais não imagina como era gostoso escrever uma carta, ir aos correios, selar a correspondência (lambendo o selo), postá-la, esperar resposta e enfim receber o retorno... Não tinha nada mais gostoso que receber uma carta de um conhecido.

Lembro perfeitamente das regras de se escrever uma carta com o ne da cidade e a data em que ela estava sendo escrita bem acima. E um fato curioso é que quase todas as cartas que eu lia começavam quase sempre da mesma forma:

"São Luís, 01 de Janeiro de 1995

Saudações!
Querida amiga, olá, tudo bem? Espero que sim. Estou lhe escrevendo estas poucas linhas para dar-lhe as minhas notícias e depois saber das suas."

Depois desta introdução a "conversa" se desenrolaria. Li muuuuitas cartas assim. Na cidade não dispúnhamos de agència dos correios propriamente dita. O que tínhamos era um posto de coleta e distribuição de correspondências. Semanalmente a mulher que era responsável ia ate a cidade vizinha fazer a postagem efetivamente falando. E, apesar do pequeno número, as cartas eram levadas em um saco de postagem, tipo malote. E minha mente, que produzia muuuitas imaginações, tio o Bob do desenho animado, "visualizava" as cartas sendo entregue em uma espécie de tubo, partindo direto do saco de postagem... Kkkkk.

Na minha casa era comum recebermos cartas de outras pessoas. Amigos, parentes e clientes que miravam muito distante e que não tinham dias e horários para irem a cidade. Daí guardavamos na prateleira, de frente para a frequesia, que volta e meia alguém procurava se havia chegado alguma carta pra si ou pra vizinhança de seus povoados. Ou sabendo da viagem de algum tropeiro aproveitãvamos pra enviar a encomenda.

Que (me) ver hoje teclando comentários diários no facebook, não imagina que já escrevi carta para programa de TV como o Globo Rural e Pequenas Empresas Grandes Negócios só pra ter que receber cartas. Não imagina que fiz curso de pintura por correspondência pelo IUB (Instituto Universal Brasileiro -lembra?). Não imagina que mandava revelar fotos da máquina love e as recebia em casa, fotos maiores que as 10x15 de hoje e que vinham com duas cópias miniaturizadas... Ainda tenho foto destas.

Tudo isso era muito gostoso. E nos dias onde tudo é instantâneo e quase efêmero não se tem tempo para lembrar que a pouco menos de duas décadas quem queria ter mais perspectiva de trabalho ou queria fazer bonito, fazia curso para escrever pelo menos uma carta na máquina de datilografa Olivetti normal. E quem podia já tinha, o que era ultra moderno, umaáquina de datilografar eletrica, como o Seu Amâncio.

terça-feira, 31 de maio de 2011

É Gooooooool!


Sabe que estes dias eu estava fazendo uma análise de minhas útlimas viagens e busquei puxar à mente uma coisa que tinha me tocado.
E cheguei a conclusão que a Gol é verdadeiramente um empresa de inclusão.
Caraaaaamba, que diria que pobre pudesse pegar um vou para visitar parentes do outro lado do Brasil?... antes só se dependesse da caridade dê algum parente mais abastardo ou se tivesse muuuita sorte em ganhar dinheiro em loteria... Talvez ainda se fizesse economia durantes aaaaanos. Hoje, é fato, em 10 anos de existência, a Gol já levou, pra lá e pra cá, mais do que a Vasp conseguiu em todos os seus anos de existência (não lembro ão certo..mas, algo em torno de 50 ou 75 anos.).
E como se isso não fosse o suficiente, e realmente não o é..., ele vai a frente dê todas em outro quesito. A Gol é a companhia aérea atuante no Brasil, que mais investe na diversidade. Ela emprega negro, branco, ruivo, gordo, magro, lésbicas, gays, bonitos, feios, jorvens, pessoas dê meia idades e portadores de necessidades especiais nos seus mais diversos tipos... E todos são pessoas capazes e eficientes. Isso é lindo! São pessoas que não se entregaram ão preconceito e persistiram em um sonho antes difícil, dado aos estereótipos exigidos.

Fiquei hiperfeliz quando percebi isso. Me senti bem em "dar trabalho" pra toda essa gente, que é brasileira e não desiste nunca. Isso sim é um verdadeiro gol dê placa.

sábado, 16 de abril de 2011

CHEGA!


Olá!
Entre outubro de 2007 e maio de 2008 esteve no ar pela TV Globo a novela " Duas Caras", de Agnaldo Silva.
Na novela que passeava da favela à zona sul do Rio de Janeiro havia uma sociality muito elegante e divertida. Guioconda era personagem da maravilhosa Marília Pêra e tinha uma amiga inseparável da qual não me recordo o nome... Contudo, isso não vem ao caso. Houve uma cena em que as duas estavam passeando pelo calçadão de Ipanema e foram vítimas de um assalto.
Diante da situação e indignada com o ocorrido, Gioconda tomou o microfone de um vendedor de pamonhas e deu um grito que não esqueço, que continua atual e que, dadas as notícias em nossos jornais , faz-nos ao menos repetir e refletir sobre o basta que deve ser dado. segue:
"CHEGA !
Chega de sinismo, de hipocrisia, de mentiras, de violência! Chega de gente que quer se dar bem a qualquer preço, que banca a vítima só pra levar vantagem. Gente que não tem vergonha na cara e faz xixi na rua!
Chega dê favelização, de dengue, de asfalto esburacado, chega de falta de cuidado com a saúde do povo, dê governantes omissos! Chega de roubo!
Chega de bancar o avestruz e enterrar a cabeça na areia pra não ver o que está errado!
CHEGA! CHEGA! CHEGA! CHEGAAAAAAAA!"

terça-feira, 5 de abril de 2011

AEROPORTO INTERNACIONAL MARECHAL CUNHA MACHADO

Gostaria eu de poder colocar aqui somente coisas boas... Mas, não posso. A verdade deve sempre ser mais importante. Sendo assim preciso falar sobre o nosso aeroporto.
Tá um caos total. Passageiros em embarque esperam sob tendas, quer chova ou faça sol.
Quem espera passageiros no desembarque... Espera sentado em pedras, tijolos, calçadas... E uma única tenda...quer chova ou faça sol.
Das 27 lojas que existiam no aeroporto apenas uma lanchonete montou barraca no antigo terminal.
Dias atrás durante uma chuva a lona da tenda de embarque, segundo testemunhas, desabou e molhou todo mundo. Esta semana uma placa de acrílico caiu sobre a testa de uma funcionária de uma companhia aérea.
Agora uma mega tenda está sendo montada pela Infraero. Segundo a empresa, sistema de ar refrigerado será usado para climatizar o espaço dando um mínimo de comodidade aos nossos visitantes.
Em meio a tudo isso as secretarias de turismo, municipal e estadual, seguem com suas programações dê divulgação do São João do Maranhão.
Que os frutos das ações das secretarias sejam muitos, que os turistas que ainda queiram vir à São Luís venham com espírito de aventura, de rusticidade, de surpresas e dê muuuuuita boa vontade.

domingo, 6 de março de 2011

O SAGRADO E O PROFANO NA PRIMEIRA CASA COR MARANHÃO

Olá pessoal! Depois de um longo e tenebroso inverno... cá estou novamente. Aconteceram vários imprevistos que me impossibilitaram de vir comentar alguns acontecimentos, ou falta deles. Dentre os imprevistos um assalto no qual me levaram tuuuuudo que tinha, até o notbook e câmeras fotográficas. Daí perdoem-me pelas fotos tiradas de um celular nada bom para registros fotográficos e que não consegui postar. São Luís, São Luís....
Pois bem...voltemos ao que interessa!
Este ano em nossa capital foi aberta primeira Casa cor Maranhão. Um espaço de muito requinte e sofisticação. Os profissionais foram demasiadamente felizes em seus projetos, em especial por se engajarem com o tema da sustentabilidade definido pela organização do evento. Além dos trabalhos de arquitetos, designers e decoradores locais, é satisfatório ver a quantidade e a qualidade das obras dos artistas genuinamente maranhenses que deram o toque final a cada ambiente.
E como cada cômodo da casa é passível de muitos assuntos quero hoje comentar sobre o Atelier da Dona de Casa, que está sob a criatividade do veterano Chico Coimbra e da estreante Rafaela Sarney e que mostraram, além de tudo, muuuita delicadeza e glamour.
Para ser mais específico quero comentar sobre o desfile “O Sagrado e o Profano”, dele que é o maior nome da moda maranhense, o maravilhoso Chico Coimbra.
O espaço escolhido, o hangar, estava decorado com um mini altar, feito por Enoque Silva e... eu, que contava com peças sacras de artistas e períodos diversos e que se misturavam com artefatos do universos da moda como máquina de costura antiga, manequins, tecidos, torçais e roupas de alta costura.
Os aproximados 200 convidados puderam acompanhar um desfile com 40 figurinos, aliás um verdadeiro espetáculo, que contou com um número de dança na abertura e com a presença Vip de modelos experientes como Camila Fonseca e Camila Ribeiro (Miss Maranhão 2010), além da atriz maranhense Claudiana Cotrim, que deu um show a parte em suas entradas performáticas, incorporando cada figurino.
E os figurinos de Chico... ma-ra-vi-lho-sos! Um mix de peças artesanais com industrializadas dando um toque de requinte absoluto ao espetáculo apresentado. No entanto, destaco a noiva feita com tecido fino, tule e rosas de fibra de buriti, marca de Coimbra, e que deu mais autenticidade e personalidade ao figurino. Aliás, assim era o conjunto da obra, uma mistura de sofisticação e glamour com toques de artesanatos e manufaturas que deram a nossa cara ao show lhe testemunhado. Uma prova viva que a sustentabilidade está sempre na moda.




segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SETEMBRO AGITADO


Setembro agitado em São Luís. Sinais que os tempos mudam e as tendências mundiais chegaram ao nosso Estado. Assim, o São Luís Fashion, em sua quinta versão, fez a cidade de São Luís entrar no calendário da moda nacional. Da mesma forma o show da banda Scorpions pode ser nossa chave (de ouro) para entrar no circuito de shows internacionais. Além disso, pudemos contar ainda com o show da maravilhosa Simone, com a feira de boneco do SESI e no ultimo dia 30 com a esfuziante Preta Gil.
E como foram os eventos que já ocorreram?




Bom... foram muito bons, em especial o SLZ Fashion, que foi um sucesso absoluto de crítica e de público. Com uma lista excepcional de patrocinadores, de lojas e grifes participantes, gente famosa na passarela, belas modelos (locais (liiindas), nacionais e internacionais) personalidades locais e nacionais na platéia e muitas pessoas buscando informações da moda atual.
Belas e belos modelos desfilando roupas de grifes nacionais “superusáveis”, atuais, confortáveis, elegantes e alegres. Aliás, alegre mesmo foi o desfile do nosso Chico Coimbra. Com a coleção “Ilha Jeans” e ao som de “Maguinha do Sá Viana”, o estilista maranhense mostrou seu lado alto astral e divertido com jeans multicoloridos, com muitas pedras e tachas presenteando o público com demonstrações de toda sua maturidade profissional e total domínio de estilo, matéria prima, cores e excelência na finalização de todas as peças.
Três coisas foram repetidas diversas vezes e por variadas pessoas na fila de entrada para o auditório e nos louges. O primeiro assunto mais comentado era o absurdo sucesso que o evento vem fazendo ano após ano sempre aumentando seu público, haja visto o grande números de pessoas presentes. Os dois últimos assuntos na verdade foram observações de pontos a melhorar para os próximos anos. A entrada para o auditório, foi muito tumultuada nos dois primeiros dias (não fomos no último dia). Levando-se em consideração que os desfiles continuam sendo a principal atração do evento, as pessoas querem ver as coleções e as celebridades convidadas que abrilhantam os desfiles. Inevitavelmente a disputa por um bom lugar na platéia é acirrada. Já se percebe a necessidade de se rever a localização da sexta versão e repensar com muito carinho em um critério mais seletivo no acesso aos desfiles. Talvez assim possa ser mantido o glamour do antes, durante e depois.
O terceiro assunto foi a pouca simpatia de alguns dos colaboradores da equipe de coordenação do evento para com o público sem se darem contas que dentre estas pessoas estavam representantes de alguns patrocinadores, com extrema exceção de Rafaela Albuquerque e Edilson Ferreira que são MARAVILHOSOS e GENTIS em todos os momentos. Partindo do princípio que o reflexo final de uma equipe é resultante de quem a dirige nesse caso percebeu-se algumas falhas. Mas, nada que a dupla, Rafaela e Edilson, com toda sua experiência, simpatia, elegância, tato e desenvoltura em lhe dar com pessoas (público) não resolvam para as próximas edições do evento que tem trazido a cada versão novos nomes da moda maranhense.
Contudo, o resultado final foi positivo. Todos adoraram a decoração de Adelmar e Edilberto. Eles conseguiram captar perfeitamente o sentido de “Uma linha leva à outra e todas levam à moda” fazendo uso de elementos de apoio de estruturas de linguagens bastantes óbvias auxiliadas por fios de macarrão coloridos (matéria prima retrô) estabelecendo assim uma grande instalação plástica perfeitamente cabível, não só nos espaços do centro de convenções, mas no MASP, na grande Bienal.
Outro destaque na cidade, no dia 25, foi o show da Banda Scorpions. O “último show da última turnê no Brasil” do grupo. O show foi excelente. A banda é realmente maravilhosa e conseguiu emocionar muitos dos presentes. Foi louvável a quantidade de policiais dando segurança no local. A quantidade de banheiros químicos era mais que suficiente para atender aos que precisavam. Porém, é preciso fala na tumultuosa entrada evidenciada pela total falta de organização, além da falta de informações para os fãs que chegavam e não sabiam onde eram as entradas da pista simples, da pista prêmio, de camarotes e terraço vip. A Praça de Alimentação contava apenas com uma lanchonete que dispunha de atendentes totalmente despreparados e equipamentos inadequados para atender o público de eventos desse porte.
Mas, esse foi só o primeiro da série de shows internacionais que serão captados a São Luís e acreditamos que nos próximos estas deficiências de condições de bom funcionamento, que fazem a diferença, serão superadas.
Ainda em setembro a cidade foi movimentada pelos shows de Simone (Teatro Artur Azevedo), Preta Gil (Rio Poty Hotel) e pela Feira de Bonecos (SESI Bonecos do Brasil), que levou uma grande multidão à Praça Maria Aragão.
Em outubro, nos dias 09 e 10, acontecerá o Marafolia, em novo estilo e em novo local (no “sambródromo”). E em novembro é a vez do ABBA trazer a São Luís suas músicas pra lá de dançantes e que, com certeza, reunirá no estacionamento do Shopping Rio Anil uma legião de fãs.
Que tenhamos cada vez mais oportunidades e opções de entretenimento como as que estamos tendo neste último trimestre de 2010. Dessa maneira teremos sempre mais trabalho e renda sendo gerados aqui, para nossa gente, em nossos hotéis, restaurantes, bares e em todo os componentes desse sistema envolvido direta e indiretamente na cadeia do turismo.

Enoque Silva e Rivânio Santos

domingo, 24 de janeiro de 2010

O SAMBA DE MINHA ALDEIA É FENOMENAL

Vocês devem ter visto pela cidade toda, jornais, telejornais, rádio...enfim, nos meios de comunicação, sobre a audição pública do CD Lena Machado da cantora , o “Samba de Minha Aldeia”. Pois bem, quero falar aqui deste trabalho.

Não vou dizer que “sou suspeito pra falar” por eu ser o autor das fotos pelo fato de eu tentar ser muito crítico no que faço e no que os outros fazem também. Vou ser muito sincero. O CD ficou uma verdadeira maravilha.


A voz da moça é um espetáculo, de uma afinação encantadora, a interpretação adequada pra cada música e arranjos inovadores com batidas de boi de zabumba dentro de um samba foi sensacional. Sem falar no repertório escolhido pela própria Lena, que também assina as direções artística e executiva do trabalho. O que posso assegurar que, além de tudo, tem bom gosto. E ela deve ter tido um trabalho enorme. Afinal, escolher músicas de Josias Sobrinho, Ricarte Almeida, Chico Nô, Chico Canhoto, Bruno Batista, Gildomar Marinho, Aquiles Andrade, César Teixeira, Joãozinho Ribeiro e a encantadora Patativa não é para qualquer um não, tem que ter muita segurança no que quer, pois toda esta turma só faz música de qualidade. Gostei de todas as músicas, mas ainda assim quero destacar “Chorinho de Herança” (Ricarte e Chico Nô) que me toca cada vez que ouço, “Acontecesse” (Bruno Batista), que me faz viajar cantando (como se eu cantasse) e “Colher de Chá” (Patativa) que me deixa de alma lavada com a letra.
Na ficha técnica vê-se, dentre os profissionais envolvidos, que a direção musical e arranjos foi do Luiz Júnior, que botou pra quebrar junto com a mixagem do Romero Lopes.

E a capa e o encarte...os demais que me desculpem, mas ficou um arraso! Projeto Gráfico de Waldeilson Paixão e Fotos de Rivanio Almeida Santos, ambientadas no Bar do Léo... a cara e o clima de botequim ficou muito bem representados, como se esperava.

E quero confessar uma coisa: fiquei muito orgulhoso de mim mesmo, por ter conseguido fazer estas boas fotos, pois eu tava bastante inseguro, pois é meu primeiro trabalho do gênero e já com grande visibilidade. Tava com medo de desapontar a minha “apostadora” e aos demais que acreditavam em mim.

Fiquei realmente muito feliz com o resultado. Entretanto, fiquei mais feliz ainda pela Lena, pois a conheço há alguns anos e venho acompanhando a dedicação em fazer o melhor. E isso aconteceu, ela gravou, e vai lançar, o melhor CD dos últimos tempos do Maranhão. Sem falar que ela vem ajudar a fomentar este segmento musical que tem crescido bastante nos últimos anos pelas bandas de cá, como é o caso do samba e do chorinho.

E para você que está lendo e não ainda adquiriu o CD, vá à Livraria Poeme-se, no centro da cidade e compre o seu. É só R$ 20,00. E o lançamento oficial está previsto para abril.

Nos vemos pessoalmente lá.

Enquanto isso vão curtindo vale a pena!!!!!!

Até breve!

AINDA SOBRE O SALÃO DE TURISMO

Pólo Ilha ds Guarás assinado pelo atista plástico Enoque Silva. Foto: Rivanio Santos
Pólo São Luís e Região Metropolitana assinada também pelo Artista Plástico Enoque Silva. Foto: Rivanio Santos

Estou de volta ao meu, aliás, ao nosso blog.

Depois do sucesso do São Luís Fashion, ainda no ano passado, tivemos na ilha o Salão de Turismo do Maranhão que, aliás, com tanto sucesso virou o "I Salão de Turismo do Maranhão". Creio que o governo do Estado não estava acreditando no sucesso do evento como deveria.

A dinâmica do evento foi nos moldes dos grandes salões que ocorrem pelo Brasil e mundo a fora. Rodadas de negócios, palestras, setores institucionais e salão para visitação. Este último tornou-se a maior sensação. Todos os estandes viraram instalações cenográficas de 100m² que representavam os pólos turísticos do Maranhão.

Para cada pólo, fora escolhido um artista plástico maranhense para fazer a ambientação.Os escolhido foram Enqoue Silva (Pólo São Luís e região metropolitana e Pólo Floresta dos Guarás), Miguel Veiga (Pólo dos Cocais e Pólo Chapada das Mesas), Tourinho (Pólo Região do Munim), João Ewerton (Pólo Lençóis e Pólo Delta das Américas), Cláudio Vasconcelos (Pólo Amazônia Maranhense) e Marlene Barros (Pólo Lagos Floridos). Com todos estes nomes, que estão entre os grandes nomes das artes maranhenses, imaginem só o espetáculo que se tornou o evento.
Iniciadas as visitações com centenas de pessoas oriundas de todos os municípios maranheses e de diversos outros Estados brasileiros, começaram os comentários, um verdadeiro "zumzumzum" se formou e logo O Cazumbá estabeleceu uma concorrência até então inexistente. Houve uma enquete com público que escolheu o Pólo Floresta dos Guarás, assinado pelo artista plástico Enoque Silva, como a melhor instalação cenográfica do Salão.

Em pouco tempo Enoque começou a receber ligações e abordagens de felicitações. Mas, o que mais interessava não aconteceu. O jornal que colocou os artistas, que são amigos e parceiros, em competição involuntária não divulgou o resultado em suas páginas com o merecido reconhecimento ao vencedor da concorrência por ele estipulada. Colocou apenas na sua página de internet. Ora, minha gente, quem ganha um concurso, mesmo que involuntariamente, merece e espera ter um documento para mostrar, para comprovar seus resultados. Afinal, isso também é importante para o currículo de qualquer um. Mesmo aos que já têm bagagem invejável de trabalhos bem sucessidos. Este foi o pecadode O Cazumbá, que fora isso continua sendo maravilhoso nas suas atividades rotinneiras a que se propõe.

Tiveram no decorrer do Salão alguns erros de percussos, isso sempre acontece e é esperado. Contudo, o saldo foi muito positivo para um evento executado em menos de três meses. E a equipe foi até convidada a dar consultoria no Estado do Piauí, que pretende investir em um evento como foi o de cá.

Sucesso absoluto! Parabéns a equipe da Setur-MA!

Então esperemos o próximo, que deverá ser ainda este ano.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

MODA E TURISMO

Criações do estilista maranhense Chico Coimbra
Foto: Rivanio Santo



A capital do Maranhão sempre teve vocação para o turismo e, nos últimos anos, o turismo de eventos tem sido a grande razão de termos cada vez mais turistas circulando e termos a capacidade dos hotéis, grande parte do tempo, acima dos 50% de ocupação. A situação é tão verdade que o número de hotéis só tem crescido ano após ano e já dispomos de um ótimo Centro de Convenções, que pode até não ser dos maiores do país, mas ele tem sido um excelente equipamento para expansão deste segmento da atividade turística no Estado.

Dantes os eventos que ocorriam por cá eram feitos de maneira mais tímida pela falta de profissionais qualificados e pela falta da própria tecnologia disponível nos dias atuais. Agora não! Temos tido eventos quase semanalmente e ele fazem a cidade se movimentar. Com o SLZ Fashion não foi diferente. Colocou a ilha na passarela literalmente!

Dias atrás, na verdade meses, até foi colocado aqui uma postagem sobre este evento que vem ocorrendo anualmente em São Luís. Postamos até uma entrevista com Rafaela Albuquerque, uma das idealizadoras e organizadoras do evento. Aliás, ela foi megagentil e educada, pois não é qualquer pessoa em destaque que se disponibiliza a dar entrevista a blogueiros em "início de carreira". Agora queremos fazer um comentário de turismólogos, com largas vivências de eventos de turismo por todo o Brasil.

Embora o SLZF ainda não tenha chegado nem a sua sexta edição, pode-se dizer que já está com jeito de "gente grande". Estamos felizes, convencidos e orgulhosos de termos constatado que em São Luís já temos eventos com cara das grandes metrópoles. Nós precisamos disso, ver e ter coisas bonitas. Precisamos mostrar que temos um lado sério, inovador, criador, ousado e glamoroso. Rafaela Albuquerque e Edilson Ferreira conseguiram isso. Em pouco tempo eles ransformaram o seu evento em sucesso de crítica e de público. Eles tratam com seriedade e profissionalismo, tal como deve ser.


Foi impressionante verificar a preocupação com os detalhes, com a organização, com a aparência que o ambiente deveria ter, com os parceiros escolhidos, com o respeito com o público, a dedicação e o emprenho em deixar o evento com a cara da cidade, em dar oportunidades a profissionais locais, sejam eles veteranos ou iniciantes no ramo, empresários ou artesãos.

Quem só ver de longe ou só chega para os flashes muitas vezes não tem a noção do quanto um evento como este gera de empregos diretos e indiretos. São floristas, decoradores, estivadores, marceneiros, pintores, empresários, lojistas, comerciários, eletricistas, estilistas, modelos, maquiadores, costureiras, artesãos, motoristas, cabeleireiros, taxistas, hoteleiros, agentes de viagens, recepcionistas... enfim, são tantos profissionais envolvidos que dar vontade de que ocorram pelo menos um a cada mês para que todos tenham sempre seus ganhos garantidos. São muitas famílias beneficiadas. Isso prova que tudo isso passa da barreira da frescura e da futilidade, como muitos metidos a intelectuais costumam classificar eventos do tipo. Este é a maior benfeitoria social do SLZF.

Destacaram-se, dentre-se os parceiros, o pessoal da TAM e da Taguatur Turismo e Eventos pois estão sempre oferecendo atendimentos de excelência, que vai do charme do ambiente a educação e elegância de seus funcionários. A Secretaria de Turismo do Município que fez um louge maravilhoso com nossos casarões, lampiões e nosso artesanato. Repetindo no SLZF o que já faz há uma década por todo o Brasil com projetos assinados pelo Turismólogo e Artista Plástico Enoque Silva, colaborador deste texto. Citamos apenas estes três por estarem diretamente ligados ao turismo de São Luís e pretendermos fazer um link entre turismo e moda.

No meio de todos os desfiles fica difícil de escolher o que melhor se apresentou. Mas, queremos destacar a participação do divertido e inovador Chico Coimbra. Gente, o que foi aquilo?! Não sabíamos se estavamos em São Luís ou em Paris (já estivemos lá). Chico apresentou uma coleção inspirada na culinária maranhense que foi tão gostosa de ver quanto é de comer um prato de arroz de cuxá e sobremesar doces de espécies com Guaraná Jesus. Uma verdadeira delícia! Roupas e produção para passarelas cobertas de bom gosto e criatividade. Destaca-se ainda a ganhadora do concurso de novos talentos realizado pelo SLZF em 2008, Perpétua. Ela passou uma temporada em New York, fazendo um curso de especialização como prêmio do concurso. E, de volta, apresentou uma coleção linda e delicada.

Como continuidade desta valorização do que é nosso e dar oportunidade para os que estão surgindo o evento, que leva o nome da cidade, repetiu o concurso dando como tema o nosso "Guaraná Jesus" e desta vez quem vai à New York é um estudante de Design da UFMA, Raphael Rios. Esta é uma prova do envolvimento com nossa cultura. Afinal, os modos de viver, de comer e de vestir fazem parte da cultura de um povo. E cultura é mutante, daí a liberdade dos profissionais em criarem com inspirações nesta ou naquela cultura, ainda mais em um mundo globalizado como atualmente. E aqui está o maior objetivo do SLZF que é buscar e definir a identitidade da moda maranhense.

E nosso casario no cenário?... Sem comentários... Muito bom mesmo. Parabéns Adelmar!

O sucesso do evento foi tamanho, a disputa por estar na plateia foi tão grande que os salões ficaram lotados nos três dias. Ficaram lotados de tal maneira que as cadeiras dos auditórios não foram suficientes e os atrasados ficavam em pé nas laterais das paredes e até sentados no chão. Mas, todos sem reclamar ou fazer caras feias. Isso pelo fato de que nos horários dos desfiles ninguém queria ficar circulando nos louges. Afinal, não são todos os dias que temos a chance de estarmos dentro de um dos eventos mais chiques do Norte/Nordeste. E colocamos isso com propriedade por presenciarmos isso tudo de pertinho, bem da frente, na primeira fileira, área reservadas aos convidados da TAM e da Taguatur Turismo e Eventos. Aproveitamos para agradecer a Ádria (TAM) e a Maria Luíza (Taguatur) pela delicada e pelo convite.

Que venham a quinta, a décima, a vigésima a quadragésima edição! Que os resultados sejam sempre muitos negócios e muito glamour. Que entre no calendário de turismo de eventos do Município, do Estado, da Região e do País, porque não? Desejamos que chegue a um patamar em que tudo ocorram antes ou depois do São Luís Fashion. Afinal, não queremos perder mais uma edição daqui pra frente.



Texto: Rivanio Santos (Turismólogo)
Colaboração: Enoque Silva (Turismólogo e Artista Plástico)