quinta-feira, 4 de junho de 2009

FÉRIAS! COM EMOÇÃO...MUUUUITA EMOÇÃO!


Amigos leitores...quanto tempo desde a minha última postagem....estava com problemas no meu computador. Contudo, já estou de volta ao batente blogueiro.
Todos vocês, assim como eu, já ouviu falar que para trabalhar com turismo tem-se que ter muuuita criatividade. Também já devem ter ouvido diversas vezes que é preciso tirar proveito de tudo na vida, até mesmo dos fatos menos agradáveis. Assim como já se depararam com fatos que provam que a curiosidade humana é de tamanho sem medidas. Pois é, agora imaginem vocês tudo isso junto num “liquidificador”, temperado com altas doses de coragem. Vocês não estão entendendo nadinha, né mesmo? Vocês entenderão já.
A revista Época da semana passada (25/05/09 – Nº 575), em edição dupla de aniversário, trás uma visão de futuro para o Brasil. Como estará a nação em 2020. Há entrevista com o Lula, com FHC e com diversas outras personalidades que traçam seus pontos de vista para o que o país se tornará em uma década. Busquei ver o que os profissionais, os “papas” do turismo previam para o nosso futuro. Não tinham nada em específico para o nosso Brasil brasileiro, que frustração.
Entretanto, lendo de pouquinho em pouquinho, cheguei a uma matéria, na página 170, na seção Sociedade – Turismo, que tem o título “Onde passar as férias com perigo”. Isso mesmo... PE-RI-GO!
Gente... já vimos turismo social, religioso, de compras, de aventura, turismo de cemitério e tantos outros tipos de turismo que mostram a percepção e a criatividade do profissional da área em criar em cima da curiosidade – e coragem, como bem diz a revista – os mais diversos tipos de atrativo. Tirando proveito, literalmente, até mesmo dos fatos menos agradáveis que pode haver em cima da terra, conflitos econômicos e políticos. O que já está sendo chamado de “Turismo de Guerra”, em alguns casos.
Querem exemplos que a Época coloca pra ficar mais claro? Seguem...
Aí vai um exemplo... Albânia – É o segundo país mais pobre da Europa, atrás da Moldávia, e já foi considerado um dos lugares mais fechados do mundo. O crescimento econômico e a proximidade com a Grécia e a Itália têm resultado em investimentos no turismo.”
Outro exemplo... Haiti – O país sofre com a ação das gangues violentas, tráficos de drogas, sequestros e corrupção policial. Ainda assim, aventureiros se arriscam em desbravar suas praias, banhadas pelo mar do Caribe – única semelhança entre o Haiti e os outros destinos da América Central.”
Mais um... "Coréia do Norte – Quem viaja para capital, Pyongyang, volta dizendo ter entrado em uma cápsula do tempo. Lá, é possível conhecer museus e edifícios construídos para homenagear os lideres comunistas do país. Mas a presença de guias para a viagem – não raro sob supervisão de soldados – é obrigatória.”
A publicação ainda coloca que países como o Zimbábue, no continente africano, que está em décimo lugar no ranking dos destinos turísticos mais perigosos do mundo publicado pela revista americana Forbes (o primeiríssimo lugar está reservado à Somália, no mesmo continente), está investindo em marketing e pretende atrair 400 mil visitantes durante a Copa de 2010. Inclusive, já fez um convite para hospedar na nossa seleção durante a copa, o que seria um atrativo a mais e uma excelente cartada de marketing. Um espetacular apelo publicitário.
Nesse mesmo contexto, há uma agência americana (Universal Travel Systems) que está sugerindo, dentre os seus pacotes, férias em lugares antes impensáveis, tais como Afeganistão, Iraque, Irã, Paquistão, além da Coréia do Norte (o pacote à capital deste “barril de pólvora”, Pyongyang, sai por “apenas” R$ 11.500,00).
Possibilidades de ondas repentinas de violências são apenas uma das situações inesperadas (ou esperadas mesmo...) que os turistas devem ser alertados para ficarem em alerta... (a redundância foi proposital). Se bem que, mesmo com toda coragem do mundo, não creio que alguém possa ir a um lugar desses e não ficar em estado de alerta 48 horas por dia.
O certo é que muitos países em conflitos econômicos e políticos que, na maioria dos casos, já duram há dééécadas, estão querendo investir no crescimento do turismo mundial, que até 2019 está sendo esperada uma alta anual com média de 4%. E aproveitar o crescimento do setor para vender seus potenciais atrativos, que deveras têm, é uma saída para ajudar muitos para muitos países se desenvolverem economicamente.
Agora em uma análise fico me questionando sobre o direcionamento que será dado a esta receita oriunda da indústria turística. Será se este dinheiro que entra no país através do turismo não vai apenas injetar mais grana no desenvolvimento de mais conflitos, ou se o turismo vai mesmo ser a “salvação da lavoura”? A intenção do visitante é variada, depende de pessoa pra pessoa, e ainda assim seria mais fácil se descobrir. As pesquisas servem para isso. Porém, há um fator... as intenções dos governos de cada país. Quem, e o quê, nos garantem que eles pretendem acabar com situações conflituosas e não apenas financiar, através da “indústria que mais cresce no mundo” (desculpem o clichê...), mais guerras, mais mortes, mais tragédias, mais corrupção, mais enriquecimento pessoal?
Só o tempo irá nos responder e nos mostrar o desfeche desse enredo. E como aprendi a ter uma visão, uma prática e uma enorme (além de imortal) esperança de uma atividade turística baseada na sustentabilidade, espero que a utilização do turismo seja para desenvolver e dar a estes povos o que eles não têm, e talvez nunca tiveram, paz e qualidade de vida.

Um comentário:

Ócio, viagens e gastronomia disse...

Rivânio querido!
Que loucura é essa!!! Vou pesquisar pra cometnar também!!!
Uma beijoca,
Tá sumido...