sábado, 14 de setembro de 2013

SOU MARANHENSE E TENHO ORGULHO



Por conta das declarações de um advogado paranaense sobre o Nordeste, mais específico sobre o Maranhão fiz uma postagem no meu perfil do facebook, mas quero registrar aqui também:
Caramba... Todo mundo sabe o quanto amo ser maranhense, o quanto eu tenho orgulho da cidade onde moro. Sou louco por minha terra. Não me imagino sem ter nascido no Nordeste. E não aceito de forma alguma ser vítima mais um tipo de discriminação... 
Pra todo lado é uma droga de um preconceituoso apontando pra alguém... Pra ele, pra ela, pra tu, pra mim, pra eles, pra nós. Preconceito por ser crente, católico, macumbeiro, alto, baixo, magro, gordo, hétero, gay, bi, preto, branco, chocolate, jambo...
Por que ser maranhense ou nordestino me faz menor?
Sou menor por que meus avós não tiveram acesso a estudo e passaram a vida como semi ou analfabetos totais?
Por que não tinha acesso fácil às escolas e eu consegui fazer minha faculdade e ter um trabalho descente? Ser descente, gente?
Por que a água não cai toda hora do céu e não brota da terra onde se abre um buraco e ainda assim eu sobrevivi? 
Sou menor por que preciso andar quilômetros pra pegar água pra beber?
Sou menor por que meu vizinho Norte tem a maior floresta do mundo que faz o planeta respirar?
Sou menor por que moro ao lado do maior rio do planeta, que é um rio-mar?
Sou menor por que pras bandas de cá há tantas maravilhas a serem descobertas na floresta que o que é conhecido parece não ser nada?
Sou menor por que minhas praias são lindas e têm sol o ano inteiro?
Sou menor por que nós nordestinos e negros construímos a história do Brasil pra ele ser hoje o que é? 
Sou menor por que aqui tudo é difícil e ainda assim consegui vencer as barreiras da vida e ser alguém?
Sou menor por que sou hospitaleiro com as pessoas que chegam à minha terra?
Sou menor por que minha cidade é Patrimônio da Humanidade?
Sou menor por que no chão rachado da minha terra brota uma planta cheia de espinhos que alimenta a vaca que me dá um pouco de leite pra sustentar a minha família?
Sou menor por que sou nordestino?
CHEEEEEEEEEEEEEEEGA!
Ora... CALA A BOCA seu advogadinho de araque, DOUTORZINHO DE MERDA!... Pegue seu diploma e... Passe na tua boca suja desse teu arroto de vômito das barbaridades que falaste. Faça desse papel uma utilidade proveitosa e dê orgulho aos teus professores que passaram a vida tentando te fazer gente pra nada... E saiba que nós MARANHENSES, NORTISTAS E NORDESTINOS SOMOS ORGULHOSOS DO QUE FOMOS, SOMOS E SEREMOS. Não ficamos com nosso traseiro sentado esperando as coisas caírem do céu. Nós brotamos vida até nas pedras.
Por todas as situações acima NÓS TEMOS CONVICÇÃO que SOMOS LUTADORES, VERDADEIROS GUERREIROS E ABSOLUTAMENTE VENCEDORES, pois apesar de não termos uma vida fácil, fizemos nossa cultura a mais rica do país. Também fizemos a economia desse país que sempre valorizou e investiu mais na tua região. Construímos toda a história desse país que apesar de tudo nos orgulha muito e nem por isso saímos por aí humilhando a vida de pessoas de alma tão pequena e mesquinha como a sua. Um ser (des)humano tão descartável que não vale o que uma gata enterra. Vergonha Nacional!
Com certeza ele nunca ouviu falar em Fafá de Belém, Rosamaria Murtinho, Tom Cavalcante, Chico Anysio, Malvino Salvador, Fernanda Takai, Alcione, Turíbio Santos, João Pedro Borges, Zeca Baleiro, Rita Beneditto (ex-Ribeiro), Flávia Bitencout, Gonçalves Dias, Josué Montello, Fagner, Alceu Valença, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Luís Gonzaga, Dominguinhos, Manuel da Conceição,  Artur Azevedo, Aluízio Azevedo, a Família Caymmi, Caetano Veloso, Betânia, Gal, Gil, Patativa do Assaré, Ariano Suassuna, Jorge Amado, Lula, José de Alencar, Glória Perez, José Aldo e vários outros nortistas e nordestinos ilustres que fizeram a história cultural e política deste Brasil (completo) ser o que é hoje. Tenho certeza que também não ouviu falar em Joãozinho Trinta, meu mestre, professor e amigo... “O” maranhense que transformou o carnaval carioca fazendo modelo para o Brasil e para o mundo. Talvez até tenha ouvido falar, visto, assistido ou lido algo sobre estes ou outros orgulhos nacionais, mas garanto que não sabia sua origem, pois uma pessoa de mente tão superficial não se aprofundaria em conhecimento cultural, pois se nem educação conseguiu ter imagina conhecimento intelectual.
Como mesmo conseguiu fazer um curso superior? Tenho pena é de seus clientes, parentes, vizinhos e amigos.

Que seu travesseiro vire pedra.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O ARRAIÁ DA MARROM

Como alguns sabem sou formado em Turismo, portanto sou turismólogo, e trabalho no setor de  Markerting de uma grande operadora de telefonia celular há 04 anos. Com o conhecimento adquirido ao longo destes anos de formação e trabalho aprendi que nada melhor para atrair turistas para uma cidade, clientes para uma loja ou público para eventos que fazer a propaganda do destino, do produto ou evento. É bem como diz o ditado clichê: “A Propaganda é a alma do negócio”. De fato é! E se houver algo chamativo, extraordinário ou presença de personalidades tudo parece bombar. E bomba! É sucesso quase com 100% de certeza. E, no caso de um evento, se for repleto de celebridades e chamar atenção da mídia local, já é sucesso. Se for sucesso regional... melhor ainda. E se a repercussão for nacional é TOP. E se tudo isso for de graça, grátis... para quem costuma gastar em propaganda em mídia é quase um milagre de tão bom.

E não é que o quarteto festejado em junho, Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal, faz isso pelo Maranhão todo ano? Como se não bastasse à festança que temos em nossa terra que atrai bastante turista, impulsionados pelas mídias e trabalhos de divulgação realizadas em quase todos os Estados brasileiros, recebemos um empurrãozinho no diz respeito à divulgação de nossas festas e nossa cultura.


O Arraiá da Marrom no Rio de Janeiro, que ao contrário do que foi divulgado em alguns meios de comunicação, não teve patrocínio do Governo do Estado do Maranhão. Foi isso que apurei com organizadores da festa.  E, atenção, não estou aqui fazendo defesa política de quem quer que seja. Estou falando como profissional do Turismo e de Marketing que sou. O que acho de fato é  seria merecido o patrocínio sim!!!  Afinal, é um merchandising aos nossos costumes, folguedos, folclore e festas sem ônus aos nossos bolsos. E estamos precisando dessa força. Nosso turismo receptivo tem andado mal das pernas.

Estas informações de patrocínios foram plantadas na mídia talvez pelo fato de Alcione ser amiga de Roseana, a Governadora.  Ora...  como dizem por aqui, “não tem nada a ver o ‘fiofó’ com as calças”, ou pelo menos, não necessariamente. Todo mundo tem algum amigo neste mesmo governo e isso não significa que todos recebem benefícios. Creio no profissionalismo da Marrom que sabe separar o pessoal do profissional.



E apesar de ser este um evento pessoal tem grande repercussão por ser ela uma das maiores personalidades da música brasileira. Motivo para ser de nosso orgulho. Mas, o maranhense não é muito de valorizar quem é da terra. Não me crucifiquem por tal afirmativa, mas é fato. Daí fica consumindo os produtos musicais não maranhenses e falando dos baianos, que se gostam e se valorizam.

Vejamos só: Ano a ano são gastos alguns milhares de reais em eventos fora do Estado para divulgação do nosso turismo. Em missões externas levamos empresários do trade para negociações, atrações culturais, guaraná Jesus, doces, tiquira,  revistas, jornais e folders, além de investimos em eventos, anúncios em TVs e revistas nacionais, além de outdoors em outras cidades... E ficamos torcendo por pelo menos um nota nos jornais.

Todo mundo sabe, ou tem noção, quanto um artista cobra para fazer “presença vip” em um evento para fazer o evento virar notícia? E como a agenda deles é disputada por mil e um eventos?... Alcione, a nossa Marrom, faz talvez o maior e mais disputado evento maranhense fora de nossas fronteiras sem cobrar por isso ao nosso Estado ou Município. Ela mesma banca a sua festa, evidente que há empresas parceiras suas em seus shows, que fazem questão de apoiar o evento tais como a Cervejaria Cintra, o Ginásio Português (local da festa – à proposito até o ano passado era na casa dela), a TAM e a agência de Viagem Prite do Rio de Janeiro. E a razão para estarem presentes, além do fato de serem parceiros, é o fato do retorno midiático que vão ter. Prova disso são as matérias em jornais, revistas, blogs, redes sociais e programa de televisão em praticamente em todos os canais.

O “Arraiá da Marrom” é disputadíssimo por todos os artistas do Rio de Janeiro que geram mídia por onde andam. Estiveram este ano Regina Casé, Ex-jogador Júnior, Antônio Pitanga, Carlinhos de Jesus, Diogo Nogueira, Viviane Araújo, Martinália, Arlindo Cruz, Rosemary, Nizo Neto, Neguinho da Beija-Flor, Xande de Pilares, dentre outros que arrumaram tempo na agenda para estrem presente junto com os familiares e amigos da cantora, em sua maioria maranhense como ela. Além deles, a imprensa toda faz questão de cobrir.



Como todos os anos as atrações apresentadas, os petiscos e as bebidas servidas são todos componentes do cardápio das mais tradicionais cozinhas desse Estado. Esse ano todos de deliciaram com o buffet feito a 4 mãos pelo Chef Dantas e Ivone Nazareth, irmã da cantora, todo com as comidinhas do Maranhão (Cuxá, farofas e tortas) regados com tiquira, licores e o famoso Guaraná Jesus. Além dos doces de Buriti, Macaxeira, pé-de-Moleque e cocadas.  Como se não bastasse o show de atração do “arraiá” foi o Tambor de Crioula, e o grupo de coureiras e artistas do Maranhão radicados no Rio com César Nascimento, além de ladainhas e procissão de São Pedro.


A música maranhense e o forró pé-de-serra foram a base da trilha sonora do evento, que contou com decoração inspirada em nossas festas  com estandartes dos santos festejados no período, altar com as divindades do folclore maranhense e indumentárias das brincadeiras daqui. E ainda tem mais, quase a totalidade da decoração foi feita em São Luís, por artista maranhense também. Isso é valorização de artistas e artesões locais.

Esse evento é não forma de Alcione ganhar dinheiro, até mesmo pelo fato de que ela é cantora, não promoter, e não cobrar ingressos, todos ali são convidados. É uma forma de confraternização com os amigos e familiares que gostam de seu jeito maranhense se ser.  E ela bem que poderia fazer um evento apenas com o tema junino de forma neutra. Mas, não... ela faz com tema junino voltado à cultura de sua terra por ter orgulho de ser de onde é.



O que tenho a falar de Alcione hoje é quanto à sua festa. Em item de marketing e divulgação turística e cultural para o Maranhão não se pode dizer nada além de que foi um sucesso. Divulgação da cultura maranhense, com maranhenses, personalidades e celebridades nacionais em mídias nacionais sem dinheiro dos cofres públicos... O “Arraiá da Marrom” foi TOP!!!!! E eu lamento muito não ter ido. Quem sabe ano que vem poderei participar então conhecê-la.


Texto: Rivânio Almeida Santos
Fotos: Mariza Lima

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PRESIDENTE MÉDICI ELEGE SUA PRIMEIRA PREFEITA, FILHA DA TERRA.

Estou orgulhoso de minha cidade natal, Presidente Médici, pelo resultado das eleições 2012. Hoje não sou mais de fazer campanha para ninguém. Mas, isso não quer dizer que eu não vote ou torça para quem eu acredite que possa fazer algo de positivo.

Sou amigo de todos que moram em na antiga Santa Teresa do Paruá. Tenho muita gratidão a esta cidade onde nasci e morei até meus 15 anos. Foi lá que meus pais criaram quase todos os meus irmãos. Foi de lá que meus pais, trabalhando na nossa farmácia, tiraram o sustento de todos nós. Foi no Colégio Santa Teresa de lá que eu estudei do pré à antiga 8ª série. Foi lá que eu aprendi a respeitar os direitos do outro e lutar pelos meus. Aprendi que meus deveres devem ser cumpridos com responsabilidade. Aprendi ali que a democracia deve começar dentro de casa e que respeitar os mais velhos, preservar a natureza, ajudar o próximo e ser solidário nos ajuda a tornar o mundo melhor.
Nestas eleições a minha cidade deu uma lição de fraternidade e maternidade. Elegeu uma filha sua para ser sua a pessoa que vai gerir seu destino pelos próximos quatro anos. Foi eleita Dr. Élia a Prefeita!
Foto: facebook

Sabem o que isso representa? Representa a vitória da mulher trabalhadora e independente – características acentuadas pelo apoio da Professora Sineide Santos, grande defensora desta bandeira -, representa ainda a necessidade de sangue novo, a vontade do povo se sentir representado de fato por um filho da casa, por uma irmã filha da madre terra. Não que os prefeitos anteriores – Soares, Sebastião Fala Fina e Antônio da Paraense – não representassem o povo de fato. Se assim o fosse eles não teriam sido eleitos. Contudo, me refiro ao fato de eles terem nascido em outras cidades e/ou Estados, muito embora morem lá basicamente desde que ainda uma pequena vila e lutaram por sua emancipação. E, no período que estiveram à frente da Prefeitura, acredito que fizeram o que puderam para ajudar no crescimento do lugar.
Tem mais... Dr. Élia nasceu ali, há alguns anos atrás ela era simplesmente a Élia, minha amiga, melhor amiga da minha irmã, íamos juntos para escola, shows, fazenda... E teve os mesmo ensinamentos de cidadania que eu tive. Que eu garanto foram muito bem passadas pelos nossos metres e bem captadas por ela também. Tinha tudo pra ser uma pessoa esnobe e deslumbrada e nunca o foi. Muito pelo contrário!
Tenho no perfil do facebook vários moradores de Presidente Médici como amigos. Não faço distinção partidária, religiosa, sexual ou de raça. Considero todos ali meus amigos. Mais... Considero todos meus irmãos. Outro dia vi uma postagem de alguém que torcia pelo candidato adversário alegando que era preciso acabar com a “oligarquia”.
Não vejo se trata na eleição da Dr. Élia de uma manutenção de uma oligárquica. Ainda não deu nem tempo para se ter algo semelhante ou próximo ao que se possa nominar assim. Considero sim como uma sucessão natural dado a representação emblemática de sua escolha pela população dali, como já citei acima. 
Oligarquia seria se ela fosse fruto de um grupo político que já tivesse uma “tradição” política e fossem “donos” de vários currais eleitorais, indo, por exemplo, para municípios, onde nunca morou ou se quer tivesse parentes, apenas para fins eleitoreiros. Não é o caso da candidata eleita, ela e seus irmãos nasceram e se criaram ali. Seus pais e irmão residem lá ainda. E a parte da sua família que mais teve atuação política na região (Família Holanda – de Gov. Nunes Freire) há muito tempo não tem uma expressão tão grande assim que desse todo esse peso.
Fato é que o desafio agora é enorme, a responsabilidade é grande e, da experiência que tenho em trabalhos públicos aqui em São Luís, sei que nem sempre as nossas vontades são tão fáceis de consegui. Uma vez que as burocracias no Brasil são enormes e muitas. Mas confio na sua boa vontade e capacidade de gerir aquele município, pois sempre foi uma pessoa sensata, determinada, decidida e pé no chão. Além do mais conhece as necessidades de nossa gente.
Hoje a minha amiga Élia é uma mulher casada, advogada, mãe de família, possuidora de uma larga experiência em gestão pública e Prefeita de Presidente Médici!
A ela e ao povo dessa cidade os meus mais sinceros Parabéns. Desejo muita sorte e muitas bênçãos de Deus e de Santa Terezinha do Menino Jesus, a padroeira da nossa eterna Santa Teresa do Paruá, que em uma gincana escolar nos fez cantar ainda criança:

“Santa Teresa terra bela e santa,
Teu povo unido brinca, ora e canta.
Glorificamos teu lindo nome.
Exemplo pra mulher, menino, jovem e homem...”

sábado, 6 de outubro de 2012

REVITALIZAÇÃO DA FONTE DAS PEDRAS – Como Nasce uma ação voluntária.


Voluntários Telefônica 2012 - Revitalização da Fonte das Pedras.

A Fonte das Pedras, cenário de uma das mais importantes passagens da história do Maranhão – segundo contam foi nesta área que Jerônimo de Albuquerque acampou com sua tropa preparando-se para a batalha que resultou na expulsão dos franceses do Maranhão -  foi mais uma vez testemunha de um feito histórico. Um grupo de voluntários, promoveu a reforma desse local que  é Patrimônio Nacional. 
A ideia surgiu durante uma reunião do Comitê de Voluntários Telefônica no MA. Quando o grupo se preparava para elaboração de uma proposta de ação a ser realizada no dia 05 de outubro do corrente ano - era então meados do mês de julho deste ano -  e a proposta partiu da possibilidade de se presentear São Luís por seus 400 anos. A Vivo, que no Estado, deste que era NBT, já desenvolvia ações voluntárias voltadas para assistencialismo a crianças portadoras de HIV, cegas e em situações de risco, desta vez queria presentear a cidade como um todo.
Após passear mentalmente por todas as páginas da minha monografia sugeri que promovêssemos a revitalização da Fonte das Pedras por tudo que ela representa a todos nós, por sua limitação de espaço – não sendo um espaço aberto literalmente -  e por está em estado de esquecimento, com necessidade de um “afago”. Após proposta feita um silêncio pairou no ar... pensei até ter falado alguma asneiras das grandes. Todos se entreolharam, me olharam e concordaram. Após sermos questionados pelas instrutoras se era isso mesmo que pretendíamos decidimos que era isso mesmo o melhor a se fazer. Mas, ainda teríamos que ter aprovação do nosso Gerente Regional. O nervosismo, antes meu, agora era geral... O que ele diria dessa ousada ideia?  Se já éramos 5 loucos ousados e corajosos... Veríamos que tínhamos a quem “puxar”... Ele nos olhou nos olhos e disse: “ Se eles disseram que dão conta. Eu assino embaixo, pois confio nesta equipe”. Pronto... Estava lançado o grande desafio.
A partir dali era correr atrás de parcerias. E na busca da ONG que fosse intermediar a ação encontramos o ICE-MA (Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão) que atendia uma série de necessidades burocráticas que precisaríamos. E não nos arrependemos. Muito pelo contrário. Eles foram mais que parceiros. Foram nossos  “irmãos” nesta ação.
A partir daqui corremos com busca de apoio nos cursos de turismo da UFMA, IFMA (eles nos incentivaram muito), Fundação Municipal do Patrimônio Histórico, Kamaha Engenharia, Console, Nova Schin, Feijão de Corda, Sesc,  Mateus Supermercados, Centro Elétrico, Inventta Propaganda dentre vários outros. E tudo foi muito favorável para esta ação. Sabe quando se tem certeza que Deus aprova uma decisão sua? Pois é... Sempre que pensávamos em algo que poderíamos ou precisávamos fazer, aquilo acontecia. E, se os espíritos dos antepassados de fato existem, Jerônimo de Albuquerque trabalhou duro para nos ajudar até o final. E ninguém a quem propusemos parceria negou.
E este projeto foi tão bem aceito por todos da regional que senti o gosto de ter tido uma boa e grande ideia. Quando nos demos conta que o projeto, que nasceu quase de supetão e com certa apreensão, tornou-se um dos mais importantes da Fundação Telefônica|Vivo todos nós do Comitê sentimos o peso da responsabilidade que aumentou em demasia quando o mesmo foi arrojado com possibilidade de disponibilizar na Fonte das Pedras sinal de internet banda larga (wi-fi) gratuito a todos que frequentarem o local. Não era mais só preciso que a ação pudesse dar certo... A ação TINHA que dar certo. Mas, as Bênçãos  Divinas vieram como desejado.
Pintura do Frontão da Fonte

Todo o trabalho de revitalização durou mais ou menos 15 dias e os parceiros começaram com reconstituição da calçada, muro, banheiros (destes só tinham as paredes), frontão da fonte, limpeza da jardinagem, compra de novas mudas, recuperação da pintura dos bancos e tudo mais. Era trabalho para ser realizado dia e noite, como de fato foi, pois tudo deveria ser finalizado no dia 05 de outubro impreterivelmente.
Deu certo, ontem – o dia esperado - éramos 80 voluntários na praça da Fonte pintando segunda demão de tinta de muralha, portões, grades, bancos, plantando mudas, tirando lixo do tanque e tudo mais que era necessários para deixar o espaço tão agradável quanto se esperava. Todo mundo equipado com equipamentos de segurança e com ambulância disponível para socorrer quem precisasse em qualquer eventualidade. Era muita responsabilidade enfrentar este trabalho, mas, todo mundo assistido com muita responsabilidade e segurança. O trabalho foi árduo, cansativo, suado. Mas, toda a energia fora reposta com os lanches, água, refrigerantes, sucos e um almoço fantástico coordenado por uma equipe muito atenciosa e carinhosa.
Quando deram 16 horas os portões foram abertos, os convidados foram chegando, a população foi entrando e a solenidade de “reinauguração” da Fonte das Pedras começou com as músicas dos metais da Banda da Guarda Municipal que tocou, dentre tantas músicas que gosto, Louvação a São Luís e Aquarela do Brasil. Meu olhos começaram a marejar.  
Maurício Santos - Diretor Regional Vivo Norte

Nas falas tivemos palavras de Kátia Bogéa (IPHAN), Aquiles Andrade (FUMPH), Dr. Cléber (Filho de uma dos primeiros defensores da Fonte), Maurício Santos e Rodrigo Júnior (Diretor Regional Vivo Norte e Gerente Regional Vivo Maranhão, respectivamente). Todos louvaram a ação, agradeceram a iniciativa dos voluntários e à disponibilidade das empresas e instituições parceiras. 

Kátia Bogéa - Superitendente do IPHAN


Quando passaram a palavra ao Comitê de Voluntários Telefônica|Vivo do Maranhão Aurino Júnior, Líder do Comitê local, também fez os agradecimentos a todos os envolvidos e me pediu para falar como surgiu a ideia de sugerir a ação em tal local. E eu, que já estava emocionado por uma série de coisas, falei da minha emoção em ver esta primeira parte da revitalização concluída.  Contei a todos que toda esta emoção era por conta da minha história de puro amor com esta cidade que me fez apaixonar por si deste a minha primeira visita a esta ilha de encantos. Mas, deixei de falar que tinha outro motivo para tanta emoção além da realização de fato desta ação com ajuda do ICE-MA e aprovação a da FUMPH do IPHAN e da presença de seus responsáveis. A presença de uma figura importantíssima à história e memória da cultura maranhense.

Eu sobre a ideia de revitalização da Fonte das Pedras.

Estava ali presente a pesquisadora e escritora Dona Zelinda Lima, que junto com seu falecido marido, o historiador e escritor Carlos de Lima, me deu mesmo sem me conhecer, o maior incentivo para investir neste meu amor a esta cidade. Esta mulher, a quem já tive a oportunidade de entrevistar junto com o Artista Plástico Enoque Silva, tem uma responsabilidade enorme na valorização que temos no que diz respeito à nossa cultura material e imaterial. Dentre seus feitos está o fato de ter levado um grupo de Bumba-meu-Boi pela primeira vez para uma apresentação no pátio do Palácio dos Leões. Era ela a presidente da extinta Maratur quando a Fonte das Pedras passou de fato pela sua primeira grande reforma. Dona Zelinda é um “capítulo vivo” da história de nosso estado, em especial e nossa capital. Ter a sua presença neste evento me deixou muito emocionado e um pouco abobalhado. Tanto que toda minha fala eu direcionava meus olhos em seu rumo, como que querendo que ela entendesse meu olhar de “muito obrigado por sua história”, “muito obrigado por nos passar o valor e a necessidade desta luta em prol preservação de nossos bens patrimoniais” e “muito obrigado por ter vindo prestigiar-nos”. Dona Zelinda é merecedora de todos os nossos mais sinceros agradecimentos por sua história e luta para preservação da memória cultural maranhense.
A Pesquisadora Zelinda Lima com o Artista Plástico Enoque Silva
Após este momento de plena emoção, na qual também pudemos contar com a presença da Primeira Dama de São Luís, passou-se às entregas de troféus aos parceiros em agradecimento aos apoios dados à causa e da placa de que conta de forma resumida a história daquele espaço ao Presidente da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico, órgão responsável pelo espaço.

Para finalizar o dia houve um pocket show com um grupo de funcionário e ex-funcionários Vivo que se voluntariaram para fazer esse encerramento de forma tão agradável e tão cheio de boas intenções e de músicas de autores maranhenses conhecidos pelo público. Momento seguido por uma cantora de seresta, também voluntária, que soltou o vozeirão em músicas conhecidas pela voz da nossa Marrom.
Muito obrigado a todos, a Deus, a Santa Terezinha, aos parceiros, aos voluntários (entre eles Rodrigo Júnior), ao comitê (Norimar Muller, Aurino Júnior, Fernanda Machado, Tássia Oliveira e Suzane Garrido). Obrigado Maurício Santos, Patrícia Medeiros, Andreia Pereira, José Wilson que prestigiaram este trabalho mesmo vocês sendo lotados em outras Regionais. Valeu, Jerônimoooooooooo!!!!!!
Fiquem certos que o dia 05 de outubro de 2012 foi um dia que entrou para história. Foi um dia suado, cansativo, estressante, quente, mas acima de tudo, foi este foi um dia realizações pessoais, profissionais e sociais. Um dia emocionante, apaixonante, prazeroso e acima de tudo um dia para se celebrar o encontro do “eu” com o “nós”. Um dia para não se apagar nunca da história e nem da memória.
Comitê Voluntários Telefônica (Norte - Maranhão): Tássia Oliveira, Rivânio Santos, Fernanda Machado, Norimar Muller, Suzane Garrido e Aurino Júnior.

E a internet banda larga (wi-fi) gratuita? Sim... Será instalada até o início de 2013 e ficará disponível, por um período de um ano, a todos os que frequentarem a Fonte das Pedras. Agora só depende do poder público garantir a segurança no local 24 horas por dia deste agora e pelo tempo em que o equipamento estiver instalado no local, o que já combinado. É só aguardar!!!

Início do Dia de Voluntários Telefônica.


Parceiros para realização do DVT.





sábado, 29 de setembro de 2012

SLZ FASHION 2012, UM UP NAS HOMENAGENS 400 ANOS.

São Luís do Maranhão é uma cidade única. Você deve está pensando que me refiro às questões de fundação e colonização, né mesmo? Mas, falo do fato de que aqui tudo é... Inusitado, para ser educado. Nem mesmo o fato de a cidade está ainda comemorando seu quarto centenário é motivo para ser respeitada e agraciada com presentes que possam torna-la mais saudável, mais atrativa e mais feliz. Só para citar uns casos vamos lembrar o Aeroporto “Internacional” em tenda por um longo tempo e a falência do nosso turismo. E quando aparecem pessoas dispostas a investir na cidade ainda tem quem apareça atrapalhando, intencionalmente ou não, mas atrapalhando. Foi o que ocorreu com o São Luís Fashion 2012, um evento consolidado e que tem dado um “up” no que se refere a eventos, negócios, geração de empregos diretos e indiretos. Enfim, um evento que contribui para o turismo de negócios na cidade.

Ora, onde já se viu um evento em sua sétima edição, que tem seu local de realização divulgado com pelo menos dois meses de antecedência e tem sua montagem iniciada vinte dias antes do início, solicitar autorizações dos órgãos competentes, dentre os quais do Corpo de Bombeiros, e só receber visita para vistoria com 24 horas antes do inicio do evento? Era esperado que fossem apontados um ajuste ou outro, mas também era esperado o óbvio, prazo para todo e qualquer ajuste. Prazo este que não houve e o local fora interditado e o evento ameaçado de ser suspenso ou cancelado. Contudo, nas últimas horas uma limitar coerente fora dada liberando a realização do evento. E o que já era esperado aconteceu: O SLZ Fashion 2012 foi um SU-CES-SO!!! 
Foto: internet

O evento que contou com desfiles de grandes marcas nacionais, e presenças Vips de celebridades, foi realizado em três noites disputadas por um público estimado em 15 mil pessoas, prestou homenagem aos 400 anos da capital maranhense.

E, dentre todos os desfiles, que foram espetaculares, destaco o desfile mais importante de todo o evento. O desfile do estilista maranhense Chico Coimbra foi um espetáculo à parte e não foi à toa que ouvi de todas as pessoas com as quais conversei que este fora a melhor apresentação do evento. E mais, este fora o melhor desfile do estilista.

Misturando ousadia e elegância, história e modernidade, sutileza e ousadia, originalidade e sofisticação a maior referência da moda maranhense mostrou que aqui também se faz moda criativa e comercial.

Batizada de “Voilá Daniel” a sua nova coleção abriu a temporada de desfiles do maior evento de moda maranhense, um dos maiores do Brasil. E se a proposta era apresentar ao Monsieur de La Ravardière o resultado de tudo que iniciou com a sua chegada na antiga Upaon-Açu... deu certo! Daniel de La Touche veio a São Luís e foi à passarela do SLZ Fashion. O carnavalesco maranhense Enoque Silva – após 18 anos sem se apresentar nas passarelas maranhenses e vestindo roupa concebida por Joãosinho Trinta, desenhada Guilherme Mendes Ferreira e confeccionada por ele mesmo – deu vida ao principal personagem de nossa história, fundador cidade de São Luís. Fazendo abertura do desfile de Chico Coimbra com muito luxo, elegância e sofisticação.

Foto: Rivanio Santos                                                                 Foto: internet

Nesta coleção pudemos ver toda a influência dos franceses, misturadas às culturas indígena e negra, que desde os tempos coloniais nos influenciam fazendo parte do nosso cotidiano. Assim, nessa visita ao que resultou de sua “França Equinocial” Daniel de La Touche se deparou com lindas modelos morenas, negras, ruivas e loiras vestidas com modelitos inspirados, por exemplo, no Tambor de Crioulas, no Bumba meu Boi, nos salões franceses, nas cores das penas, acessórios indígenas, nas cores das tinturas do Pau-Brasil, no algodão produzido no Maranhão Colonial... Enfim, inspirados em elementos que dão subsídios para se garantir a existência de uma moda com identidade nacional e maranhense. Tanto é verdade que outros nomes da moda nacional vieram beber na fonte de nossa cultura para desenvolvimento de coleções, bandeira levantada e defendida por Chico há mais de 30 anos.

Foto: Rivanio Santos

Em seus 400 anos a Grande Ilha do amor recebeu do São Luís Fashion2012, iniciado pela “visita” de Daniel de La Touche e toda a coleção de Chico Coimbra, a mais bonita, original e sofisticada homenagem e comemoração realizada até então. Talvez só fosse superada pelo “Cortejo e Celebração” que, planejado e projetado para ser realizado durante todos os finais de semana deste mês de setembro, fora enterrado junto com aquele que foi o seu idealizador, o mestre Joãosinho Trinta. Sendo este mais um dos fatos inusitados que fazem dessa nossa São Luís uma cidade única.




domingo, 12 de agosto de 2012

"FRUTOS DA TERRA: UMA MODA SINGULAR PLURAL" NO MOVIMENTO HOTSPOT


Foto: blog "As Fashionistas"

Passei por um período distante das informações do mundo. Volto agora com uma novidade formidável.

Nos últimos dias tomei conhecimento sobre o "Movimento HotSpot" que segundo o próprio movimento diz é "um prêmio de inovação e criatividade. Uma plataforma multimeios online e presencial que se propõe a identificar e expor novas ideias e novos talentos, em âmbito regional e nacional, destacando os mais criativos nas áreas de Arquitetura, Beleza, Cenografia, Design, Design Gráfico, Filme & Vídeo, Fotografia, Ilustração, Moda e Música. O Movimento HotSpot inclui ainda a categoria Ideia, que premiará as três propostas mais inovadoras que envolvam conceitos de Empreendedorismo, Tecnologia, Sustentabilidade, Biomimetismo, Engenharia de Produção, Varejo, Branding e Comunicação".

E qual a minha melhor supresa? Saber que temos representantes maranhenses concorrendo a este prêmio tão importante no cenário nacional. E um dos projetos maranhenses inscritos nesse prêmio, na categoria moda, posso dizer que começou quase assim:

Uma palmeira, uma fibra, um atesão, um Francisco que também é Chico, estilista pesquisador e estudioso, uma grande ideia.... Um tecido da terra. Um tecido de fibra do buriti!

Um produto utilizando matéria-prima artesanal sustentável e ecologicamente correta. Um trabalho como este é sinônimo de ter uma moda genuinamente maranhense e totalmente brasileira. Um produto absolutamente nacional que, além de levar nossas raízes as mais badaladas passarelas do mundo, pode aumentar a capaciade de ocupação e rendimento aos pequenos produtores e artesãos maranhenses que trabalham com a fibra do buriti confeccionando produtos e acessórios a partir desta fibra já tão bem aceita por nossos turistas e que podemos encontrar por diversas cidades de nosso Brasil. São sacolas, pastas, bolsas, toalhas de mesas, pulseiras, colares, cintos, sandálias, chapéus... e por que não...ROUPAS????

Trata-se de um projeto audacioso, arrojado e pioneiro. Contudo, um projeto possível, totalmente exequível e funcional! E, o melhor, um projeto generoso, que mostra boas possibilidade não apenas para o estilista criador, mas também, e principalmente, para o pequeno produtor de fibra.

Enfim, Um projeto maranhense. Um projeto de maranhense para o maranhense, para o Brasil e para o mundo.

O mundo da moda, que já inclui os grandes eventos de moda brasileiros em calendário internacional, deseja cada vez mais novidades. Por outro lado o mercado da moda brasileira já bebe na fonte da cultura nordestina o que torna o projeto de Chico Coimbra absolutamente condizente com o atual momento.

E mais, se é um projeto ecologicamente correto e sustentável... É um projeto que tá na moda.

Então...Tá valendo!!!!! 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ENOQUE SILVA: TALENTO E LUXO DO MARANHÃO PARA O MUNDO

ENOQUE SILVA: TALENTO E LUXO DO MARANHÃO PARA O MUNDO

Por: Rivânio Santos

No ano em que São Luís comemora quatro séculos de fundação o Artista Plástico e Turismólogo Enoque Silva completa 50 anos de existência. E deste meio século, 34 anos são dedicados à cultura e em especial ao carnaval. Sua trajetória teve início em 1979, aqui em São Luís, onde fez escolas de samba, blocos tradicionais, blocos organizados, vestiu grandes destaques, noivas, decorou clubes, bailes carnavalescos, figurinos e cenografia para teatro, além de intervenções urbanas dentro e fora de São Luís.

 

Em 1994 foi apresentado à folia carioca pelo amigo Chico Coimbra. Lá desfilou na Unidos da Ponte, Vila Isabel, Estácio de Sá e Grande Rio, escola onde é destaque principal até hoje. Todo esse trabalho foi acompanhado por Joãosinho Trinta, que em 1997 o convidou para compor seu grupo de shows e espetáculos pelo mundo. Este período rendeu a Enoque convivência profissional e pessoal com o gênio  João, até a sua partida em dezembro do ano passado.

 

 Vestindo a fantasia "Tributo a Nelson Mandela" na Acadêmicos do Grande Rio (RJ), Enoque mais uma vez rasgou o céu da Marquês de Sapucaí dentro do enredo "Eu acredito em você! E você?". Esbanjando luxo e criatividade ocupou o lugar de destaque principal da alegoria "Superação Africana", iniciando assim as comemorações do seu aniversário que será em julho de 2012.

 

Ainda no Rio de Janeiro, participou do desfile da Beija Flor de Nilópolis no setor que homenageou o mestre e amigo Joãosinho Trinta, para quem confeccionou a roupa que seria usada por ele no desfile da agremiação nilopolitana, que levou para a avenida o tema "São Luís o poema encantado do Maranhão". Além de, juntamente com Rivânio Santos e Biné Gomes, coordenar os quase quinhentos componentes que foram abrilhantar o desfile no quadro das festas populares do Maranhão.

 

Para Enoque o ano já começa promissor. Sua agenda de trabalhos está quase completa. Contando com o auxílio e a ilimitada colaboração do companheiro e sócio Rivânio Santos irá produzir eventos como o Lançamento do São João de São Luís pelo Brasil, BNTM (SLZ), SBPC (SLZ), Expoema, São Luís Fashion, BRASTOA (SP), 7º Salão de Turismo (SP), 22º Centro Oeste Tur (DF), 7º MinasTur (MG), ABAV (RJ) e Feijoada do Maranhão (BH e SLS).

 

Mas, a grande expectativa gira em torno do "Cortejo e Celebração – 400 anos de São Luís", projeto criado por Joãosinho Trinta e elaborado por uma comissão de artistas maranhenses da qual Enoque faz parte coordenando toda a estética do espetáculo, por indicação do mestre João Clemente Jorge Trinta. Na concepção inicial do cortejo, Joãosinho pretendia contar a história e trajetória de São Luís, desde a sua fundação até os dias atuais. Contudo, o maior presente seria dado à comunidade artística local, pois o mestre gostaria de utilizar toda a mão de obra local para realização deste grande projeto, por acreditar nos valores existentes aqui e que o mundo precisa conhecer.

 

Atualmente Enoque Silva desempenha a função de Turismólogo e Programador Visual da SETUR – São Luís, dirigida por Liviomar Macatrão, amigo pessoal de muitos anos. E, com tantos afazeres, ainda sobra tempo para dedica-se a manutenção e conservação de sua coleção de arte sacra.

 

 

Matéria veiculada na Revista VIP SL (N.14 – Ano III – 2011)

 

LEGENDA DAS FOTOS:

FOTO 01 – Enoque Silva vestindo a fantasia "Superação de Nelson Mandela".

FOTO 02 – Enoque Silva, destaque principal na alegoria "Superação Africana" na Acadêmicos do Grande Rio 2012.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A VAIDADE NÃO PODE MATAR O PROFISSIONALISMO

Foto: suacidade.com

Ser vaidoso é uma forma se mostrar ser uma pessoa preocupada com seu bem estar e com a própria imagem. Não no sentido de se preocupar com o que os outros vão pensar, mas na imagem em que se está passando aos outros. Isso é sadio. Isso é até bonito. Quando se leva a vaidade, no sentido de competição, para o âmbito cultural muitas vezes o tema torna-se até folclórico, deixando as brincadeiras com um certo charme. Agora, quando se deixa a vaidade passar a fronteira do folclórico ou do charme, deixando o individual sobrepor o coletivo, torna-se imaturo, ou mesmo infantil. Beira o ridículo. E quebra o profissionalismo.

No sábado, 04 de fevereiro, dei uma passada no ensaio técnico da beija-flor (Escola de Samba do RJ) para o próximo desfile onde estavam 7 grupos folclóricos e culturais ensaiando sua participação no desfile da escola carioca, que homenageará nossa cidade. Além de uma boa dose de envolvimento, empolgação, determinação e amor por seu Estado por parte dos brincantes dos grupos folclóricos, vimos - eu e todos presentes - um fato que foi , no mínimo, inusitado. Dois exemplos de comportamentos antagônicos, um louvável e outro lamentável.

De um lado os grupos de Bumba meu Boi, Maioba e Maracanã, os dois maiores batalhões do folguedo maranhense, dando exemplo de união, respeito ao próximo e, acima de tudo, de valorização da cultura local, deixando o macro prevalecer ao mínimo. Estes dois grupos, também dos mais antigos existentes, juntos e misturados literalmente, se unido de forma a mostrar para o Brasil, e para o mundo, através de sua participação no desfile da Beija Flor deste ano, que o Maranhão um Estado forte, unido, rico em cultura e de pessoas civilizadas.

O mesmo no se pode dizer sobre o que se viu em relação aos bois de orquestra. Aliás, o mesmo não se pode dizer em relação à dirigente do Boi de Axixá. Um exemplo público de falta de companheirismo, isso para ser “delicado” com a situação. Pareceu pura vaidade individual. Será?

O fato é que durante o ensaio algumas alterações foram feitas pelo representante da Beija Flor, na coreografia do grupo Boi de Nina Rodrigues. O que deixou a dirigente do Boi de Axixá enciumada, pois achou que o outro boi estava sendo “beneficiado” por ter seu nome citado a cada solicitação de alteração na coreografia. Pela lógica se em uma coreografia não foi solicitada alteração é pelo fato de está toda certa. Ali estava se vendo o coletivo, afinal um resultado final de excelência do conjunto é o objetivo. Em um instante da coreografia abre-se um espaço entre os dois grupos, o que não pode haver em um desfile de escola de samba (faz perder pontos). Para “cobrir” este espaço fora determinado que ali, nesse instante da coreografia, entrariam o vaqueiro de cada um dos dois grupos e o boi em si para fazerem seus bailados. O que foi recusado pelo Boi de Axixá, pois para eles pareceu uma afronta dividir espaço com o Nina Rodrigues, que não se opôs ao fato.

Para defender os interesses da escola que representa e que está investindo milhões (a origem desses milhões não vem ao caso) em um desfile que vale um campeonato disputadíssimo, o diretor de carnaval ali presente teve que chamar a atenção dos envolvidos. É preciso lembrar que um desfile como os das escolas de samba do rio de Janeiro são levados muito a sério e profissionalismo. Não há espaço para amadorismo e na ocasião de um desfile devem prevalecer os interesses que vão contribuir para a competição que poderá levar a agremiação a um possível campeonato. Daí ele ter dito que as alterações são para o bom desempenho da escola e que as alterações sugeridas e testadas com sucesso tinham que ser aceitas e quem se recusasse que se retirasse. Afinal, devem está ali quem está disponível à colaborar com a escola e quiser realmente representar a cultura maranhense no contexto maior e não apenas mostrar-se forma individual.

Que não venham dizer que estou “puxando o saco” de A ou de B por ser de fora. Apenas tenho que ser justo mediante os fatos que presenciei. E quero registrar que sou da Grande Rio. E comigo há essa história de defender meu filho, mesmo ele estando errado, apenas pelo fato de ser meu filho. Se meu filho errou, errou e ponto. Então achei certíssimo a atitude tomada pelo diretor da Beija Flor. Conheço de perto os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e sei o quanto os cariocas se entregam a este evento, que é sério e envolve milhares de trabalhadores, milhões de torcedores, milhares de espectadores, transmitido para milhões de telespectadores no Brasil e em mais 115 países do mundo, são 12 escolas no grupo especial (este ano serão 14 excepcionalmente), trás para o país milhares de turistas e movimentam milhões de reais entre produção e a arrecadação do evento. Como disse no artigo sobre Joãosinho Trinta, quando se tem um nome a zelar tem-se que ser bastante exigente e nesse caso onde todos os itens envolvidos são sempre nas casas de milhares e milhões deve-se zelar ao extremo pela garantia da excelência necessária para se chegar ao objetivo final: o campeonato.

E o que vejo é que esse tipo de comprometimento, compromisso, profissionalismo e exigência ainda faltam em nossa cidade, em todos os âmbitos profissionais. Temos que deixar de lado o pensamento de “tá melhor que tava”, “tá melhor que nada”, “não tá bom, mas tá melhor que o de fulano” e “coitadinho de mim”. Chega desse pensamento pequeno. Temos que pensar grande, temos que pensar como profissional. Temos que pensar “tá ótimo, mas pode ficar melhor”, “meu trabalho tem que ser excelente”. Há momento e há trabalhos em que não há tempo para meias palavras ou floreamento delas. Tem-se que dizer a verdade e a verdade, muitas vezes dói. Contudo, para ser profissional de verdade a dor deve ser colocada de lado e tem-se que ser direto e objetivo. Afinal o tempo rugi e a Sapucaí é grande.